Geração Liderlog
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
terça-feira, 29 de novembro de 2016
domingo, 13 de novembro de 2016
A falência da infraestrutura rodoviária (parte 1/2)
Mesmo nos sentindo desconfortáveis em assumir que somos dependentes do sistema rodoviário, é inegável que precisamos dele para continuar com nossas inúmeras e sofridas tentativas de consolidar nossa economia num ambiente altamente desfavorável. E como lidamos com isso? Ora, se prestarmos bem atenção, veremos que nossas dificuldades e nosso desenvolvimento econômico se atrelam de forma bem expressiva a um sistema “inexpressivo”, do ponto de vista do avanço. É como querer colocar cinco litros de água num vasilhame de um litro.
infraestrutura-rodoviariaSomos um dos países que mais dependem de rodovias para o escoamento da produção e para o transporte de bens em geral, e não acredito nas estimativas divulgadas com frequência de que 60% dos nossos produtos seriam transportados no modal rodoviário. Esse percentual é bem maior. Temos no Brasil um mapa fluvial que causa inveja em muitos países, assim como nossa localização geográfica que favorece o transporte marítimo, uma longa extensão para diminuir custos com transporte ferroviário, entretanto, somos reféns de um modal poluidor, perigoso, caro, insuficiente e caótico, que não só nos tira competitividade como a vida de muitos brasileiros e que, mesmo assim, não recebe investimentos como deveria.
Está quentinha a 20ª edição da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as rodovias brasileiras. Constitui um mapeamento muito interessante de 103.259 km, 48,8% do total de rodovias asfaltadas. Atualmente são 1.720.756 km de rodovias, mas apenas 12,3% ou 211.468 km são asfaltados. Chama atenção para o aumento dos custos de transportes, o avanço quase inexistente quando comparado com 2015 e para a comparação com as gestões privadas e públicas. O fato mesmo é que os números são alarmantes e nos dão a sensação de que estamos parados no tempo, sem um alento que nos mostre um sinal de melhoria realmente significativa diante das necessidades do mercado.
Realizada em pouco menos da metade das rodovias asfaltadas no país, contemplando a totalidade das BR´s e as principais vias estaduais, a pesquisa aponta que 58,2% dos trechos do estudo apresentam algum tipo de problema da ordem de qualidade do pavimento, da sinalização ou da geometria da via: metade do pavimento é regular, ruim ou péssimo; metade é mal sinalizada e 78% têm falhas geométricas. Devido à falta de manutenção preventiva e corretiva, do ano passado para cá, houve um aumento de 26,6% no número de pontos críticos (apenas os considerados graves). Isso representa um aumento médio de 25% nos custos operacionais do transporte, só devido aos buracos no pavimento, que nos piores trechos pode chegar a 91%, mas não há um custo estimado para cada situação das rodovias, pois há outros problemas em pontes, com erosões e da ordem de segurança das vias que são incomensuráveis.
O que o país investiu em 2015 nas rodovias brasileiras, gastou o dobro com acidentes nas rodovias federais, ou seja, investiu R$ 5,9 bilhões e gastou mais de R$ 11 bilhões com acidentes. O estudo não levantou os acidentes em vias estaduais. Se para adequar a malha rodoviária brasileira construindo ou duplicando trechos, restaurando e corrigindo problemas críticos deveriam ser investidos R$ 292,5 bilhões, estamos bem longe do ideal comparando com o que foi investido em 2015. Os números de 2016 estão bem semelhantes. Como se não bastasse investir apenas 2% do que realmente seria necessário, ano após ano o investimento diminui. Projetou-se um valor, mas o que realmente foi pago mostra uma queda preocupante: 2011- R$ 11,2 bi; 2012- R$ 9,3 bi; 2013- R$ 8,3 bi; 2014- R$ 9 bi (ano da Copa); 2015- R$ 5,9 bi. E nem precisa dizer como os pontos críticos tomam caminho inverso, aumentando a cada novo estudo…
Para o bolso do usuário, a realidade vem cobrando seus custos. Devido às condições das vias, o estudo estima que as transportadoras gastem R$ 2,3 bilhões a mais. Considera também que com a queima de mais 700 milhões de litros de diesel além do necessário, devido frenagens e acelerações, o Planeta receberá mais 2,07 megatoneladas de CO2.
Sei que o leitor deve ficar meio “baratinado” com tantos números reais, assustadores e preocupantes, mas nesse momento passa um filme em minha cabeça, redesenhando tudo o que constatei em milhares de quilômetros que percorri em muitos dos trechos incluídos no estudo. Sei que parecem números chocantes para quem não está muito habituado e que, por estar tão envolvido em problemas gerados por eles, nem se dê conta do quanto isso é, infelizmente, verdadeiro. Por isso, continuaremos numa segunda parte. Até lá!
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
infraestrutura-rodoviariaSomos um dos países que mais dependem de rodovias para o escoamento da produção e para o transporte de bens em geral, e não acredito nas estimativas divulgadas com frequência de que 60% dos nossos produtos seriam transportados no modal rodoviário. Esse percentual é bem maior. Temos no Brasil um mapa fluvial que causa inveja em muitos países, assim como nossa localização geográfica que favorece o transporte marítimo, uma longa extensão para diminuir custos com transporte ferroviário, entretanto, somos reféns de um modal poluidor, perigoso, caro, insuficiente e caótico, que não só nos tira competitividade como a vida de muitos brasileiros e que, mesmo assim, não recebe investimentos como deveria.
Está quentinha a 20ª edição da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as rodovias brasileiras. Constitui um mapeamento muito interessante de 103.259 km, 48,8% do total de rodovias asfaltadas. Atualmente são 1.720.756 km de rodovias, mas apenas 12,3% ou 211.468 km são asfaltados. Chama atenção para o aumento dos custos de transportes, o avanço quase inexistente quando comparado com 2015 e para a comparação com as gestões privadas e públicas. O fato mesmo é que os números são alarmantes e nos dão a sensação de que estamos parados no tempo, sem um alento que nos mostre um sinal de melhoria realmente significativa diante das necessidades do mercado.
Realizada em pouco menos da metade das rodovias asfaltadas no país, contemplando a totalidade das BR´s e as principais vias estaduais, a pesquisa aponta que 58,2% dos trechos do estudo apresentam algum tipo de problema da ordem de qualidade do pavimento, da sinalização ou da geometria da via: metade do pavimento é regular, ruim ou péssimo; metade é mal sinalizada e 78% têm falhas geométricas. Devido à falta de manutenção preventiva e corretiva, do ano passado para cá, houve um aumento de 26,6% no número de pontos críticos (apenas os considerados graves). Isso representa um aumento médio de 25% nos custos operacionais do transporte, só devido aos buracos no pavimento, que nos piores trechos pode chegar a 91%, mas não há um custo estimado para cada situação das rodovias, pois há outros problemas em pontes, com erosões e da ordem de segurança das vias que são incomensuráveis.
O que o país investiu em 2015 nas rodovias brasileiras, gastou o dobro com acidentes nas rodovias federais, ou seja, investiu R$ 5,9 bilhões e gastou mais de R$ 11 bilhões com acidentes. O estudo não levantou os acidentes em vias estaduais. Se para adequar a malha rodoviária brasileira construindo ou duplicando trechos, restaurando e corrigindo problemas críticos deveriam ser investidos R$ 292,5 bilhões, estamos bem longe do ideal comparando com o que foi investido em 2015. Os números de 2016 estão bem semelhantes. Como se não bastasse investir apenas 2% do que realmente seria necessário, ano após ano o investimento diminui. Projetou-se um valor, mas o que realmente foi pago mostra uma queda preocupante: 2011- R$ 11,2 bi; 2012- R$ 9,3 bi; 2013- R$ 8,3 bi; 2014- R$ 9 bi (ano da Copa); 2015- R$ 5,9 bi. E nem precisa dizer como os pontos críticos tomam caminho inverso, aumentando a cada novo estudo…
Para o bolso do usuário, a realidade vem cobrando seus custos. Devido às condições das vias, o estudo estima que as transportadoras gastem R$ 2,3 bilhões a mais. Considera também que com a queima de mais 700 milhões de litros de diesel além do necessário, devido frenagens e acelerações, o Planeta receberá mais 2,07 megatoneladas de CO2.
Sei que o leitor deve ficar meio “baratinado” com tantos números reais, assustadores e preocupantes, mas nesse momento passa um filme em minha cabeça, redesenhando tudo o que constatei em milhares de quilômetros que percorri em muitos dos trechos incluídos no estudo. Sei que parecem números chocantes para quem não está muito habituado e que, por estar tão envolvido em problemas gerados por eles, nem se dê conta do quanto isso é, infelizmente, verdadeiro. Por isso, continuaremos numa segunda parte. Até lá!
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
A injustificável sonegação
Estamos bem acostumados a falar da corrupção em nossa política e de todos os efeitos que ela causa nos tirando qualidade de vida e até mesmo nossa esperança de que possamos construir um país diferente. Mas, a sociedade também tem suas mazelas similares e que talvez causem mais danos do que os que estamos acostumados a narrar. Muito embora tenhamos na ponta da língua a justificativa de que nossos impostos não retornam em serviços essenciais à sociedade, devido à política inescrupulosa, não soa bem fazermos aquilo que tanto combatemos.
sonegacaoO Brasil já carrega em sua conta negativa valores expressivos que poderiam nos tornar uma nação economicamente mais consistente. Claro que isso não é um fato apenas em nosso país. A maioria dos países sofrem com algum tipo de furo de caixa, uns mais e outros menos, mas o que incomoda mesmo é a falta de ações combativas que venham a, pelo menos, inibir verdadeiros saques ao dinheiro comum que poderia, entre tantos fins, salvar vidas por meio da saúde e da segurança, construir uma educação de primeira qualidade, estradas, portos, ferrovias, aeroportos e toda uma infraestrutura logística para sairmos desse estado deficiente que transforma pequenas tarefas em grandes batalhas, como no transporte público, por exemplo.
Como dizia minha avó: “É dinheiro pra passar a vida toda só contando.” E, de fato, estamos falando de BILHÕES. São valores que em um único setor poderia cobrir rombos como o da economia (R$ 170,5 bi) e o estimado da Previdência (R$ 183 bi). Só esses dois rombos, que tanto azucrinam nosso juízo, poderiam ser quase sanados com os anuais R$ 200 bi estimados abocanhados pela corrupção e com os R$ 100 bi estimados de prejuízo anual com a pirataria. Contudo, ainda não se compara com as estimativas do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ) que garante que o valor sonegado anualmente é crescente e, só em 2016, será de R$ 500 bilhões. Não, não está errado! São R$ 500 bilhões a menos nos cofres do Tesouro Nacional! 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E desse valor, apenas 1% é recuperado.
Em 2015 o Brasil pagou valor igual (R$ 500 bi) em juros da dívida pública para banqueiros e empresários e deixou de cobrar outras centenas sonegadas. Pensar só em arrecadação de nada valerá se não organizar para cobrar e fiscalizar para arrecadar. A tão temida Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que o governo procura reinventar, por exemplo, arrecadaria 15 vezes menos o que é sonegado em impostos. O que reforça a necessidade de ter uma rigorosa ação de fiscalização e que deva ser qualificada para tanto, pois 80% dos valores sonegados passam por operações de lavagem de dinheiro altamente sofisticadas. E mais de 60% do valor total sonegado se concentra em 12 mil empresas, com destaque para o setor industrial.
A Dívida Ativa da União soma R$ 1,2 TRILHÃO que se arrasta em processos judiciais que cabem recursos e mais recursos sem que haja uma linha de resgate para um dinheiro que faz muita falta. Afinal, você sabe quanto o Orçamento da União prevê para gastos na saúde e na educação? São pouco mais de R$ 120 bi após o corte de R$ 3,8 bi em ambas as pastas. Agora imagine o impacto sobre os R$ 753 milhões orçados para o Transporte… Se nossa logística necessita de mais do que o recomendado, 4% do PIB, como investimentos para a diminuição de seus imensos desafios, e que hoje se investe menos de 2%, o que poderíamos mudar com essa dinheirama toda?
De números em números – que por sinal são impressionantes – vamos correndo riscos ao considerar normal o fato de não pagar um dever porque o dinheiro vai ser mal utilizado. Continuo acreditando que o fator preponderante é mesmo o de levar vantagem, como aquelas entendidas na “lei de Gerson” que faz pensar que o contraventor é o esperto e os demais são os otários da vez. Reafirmo que é inegável que nossa carga tributária seja excessiva e sufocante, que é inegável que esse montante não seja direcionado de forma competente e responsável, mas o canal da sociedade que busca por mudanças, sem dúvidas, não é esse que se apresenta. Esse é mais um de muitos casos que devem ser combatidos para, enfim, amadurecermos como nação.
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
sonegacaoO Brasil já carrega em sua conta negativa valores expressivos que poderiam nos tornar uma nação economicamente mais consistente. Claro que isso não é um fato apenas em nosso país. A maioria dos países sofrem com algum tipo de furo de caixa, uns mais e outros menos, mas o que incomoda mesmo é a falta de ações combativas que venham a, pelo menos, inibir verdadeiros saques ao dinheiro comum que poderia, entre tantos fins, salvar vidas por meio da saúde e da segurança, construir uma educação de primeira qualidade, estradas, portos, ferrovias, aeroportos e toda uma infraestrutura logística para sairmos desse estado deficiente que transforma pequenas tarefas em grandes batalhas, como no transporte público, por exemplo.
Como dizia minha avó: “É dinheiro pra passar a vida toda só contando.” E, de fato, estamos falando de BILHÕES. São valores que em um único setor poderia cobrir rombos como o da economia (R$ 170,5 bi) e o estimado da Previdência (R$ 183 bi). Só esses dois rombos, que tanto azucrinam nosso juízo, poderiam ser quase sanados com os anuais R$ 200 bi estimados abocanhados pela corrupção e com os R$ 100 bi estimados de prejuízo anual com a pirataria. Contudo, ainda não se compara com as estimativas do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (SINPROFAZ) que garante que o valor sonegado anualmente é crescente e, só em 2016, será de R$ 500 bilhões. Não, não está errado! São R$ 500 bilhões a menos nos cofres do Tesouro Nacional! 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E desse valor, apenas 1% é recuperado.
Em 2015 o Brasil pagou valor igual (R$ 500 bi) em juros da dívida pública para banqueiros e empresários e deixou de cobrar outras centenas sonegadas. Pensar só em arrecadação de nada valerá se não organizar para cobrar e fiscalizar para arrecadar. A tão temida Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que o governo procura reinventar, por exemplo, arrecadaria 15 vezes menos o que é sonegado em impostos. O que reforça a necessidade de ter uma rigorosa ação de fiscalização e que deva ser qualificada para tanto, pois 80% dos valores sonegados passam por operações de lavagem de dinheiro altamente sofisticadas. E mais de 60% do valor total sonegado se concentra em 12 mil empresas, com destaque para o setor industrial.
A Dívida Ativa da União soma R$ 1,2 TRILHÃO que se arrasta em processos judiciais que cabem recursos e mais recursos sem que haja uma linha de resgate para um dinheiro que faz muita falta. Afinal, você sabe quanto o Orçamento da União prevê para gastos na saúde e na educação? São pouco mais de R$ 120 bi após o corte de R$ 3,8 bi em ambas as pastas. Agora imagine o impacto sobre os R$ 753 milhões orçados para o Transporte… Se nossa logística necessita de mais do que o recomendado, 4% do PIB, como investimentos para a diminuição de seus imensos desafios, e que hoje se investe menos de 2%, o que poderíamos mudar com essa dinheirama toda?
De números em números – que por sinal são impressionantes – vamos correndo riscos ao considerar normal o fato de não pagar um dever porque o dinheiro vai ser mal utilizado. Continuo acreditando que o fator preponderante é mesmo o de levar vantagem, como aquelas entendidas na “lei de Gerson” que faz pensar que o contraventor é o esperto e os demais são os otários da vez. Reafirmo que é inegável que nossa carga tributária seja excessiva e sufocante, que é inegável que esse montante não seja direcionado de forma competente e responsável, mas o canal da sociedade que busca por mudanças, sem dúvidas, não é esse que se apresenta. Esse é mais um de muitos casos que devem ser combatidos para, enfim, amadurecermos como nação.
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
O momento do ensino técnico
Muitos jovens estão buscando sua tão aguardada entrada no Mercado de Trabalho por meio de cursos superiores e estão esquecendo de olhar ao redor para perceberem que essa pode não ser a única opção. O ensino técnico pode ser uma porta bem mais larga do que a oferecida pelo nível superior com suas vagas extremamente concorridas.
O erro é bem semelhante ao de outros países cuja mão-de-obra ofertada sugere sempre nível universitário, enquanto aquelas funções intermediárias não despertam interesse dos jovens. O que nos é passado é que aquele que não marca o gol não se destaca e nem fica famoso e rico. Por isso, atualmente, todo jogador de futebol quer ser um atacante. Porém, há um grande engano quanto às oportunidades oferecidas pelo setor técnico. Elas podem ser bem mais seguras pela necessidade do mercado, bem menos concorridas e bem mais rentáveis já que a área superior reserva poucas vagas para muitos concorrentes e isso também joga a oferta salarial para baixo.
Outro erro, e não menos prejudicial para o jovem que anseia entrar no mercado, é o de pensar que já deva entrar como um chefe e construir sua carreira começando do topo, ou pensar que, por ter escolhido iniciar numa área técnica, deva passar toda a sua vida profissional nela. Quanto ao primeiro pensamento, é lamentável que a imensa maioria esteja enganada e, sobre o segundo, por que não pensar em se colocar no mercado primeiro e investir melhor numa boa faculdade? Depois as opções podem surgir de uma forma menos urgente, o que lhe deixa numa situação de escolha bem mais vantajosa. E se mesmo assim ainda preferir ficar no setor técnico, onde também há uma importante escada para o crescimento, diferente do que muitos pensam, com certeza terá uma carreira sólida, visível e rentável.
De 2014 para 2015, houve um aumento de quase 40% na oferta de cursos técnicos. Contudo, é necessário também saber qual a área de maior necessidade no mercado e que um curso técnico também não precisa, necessariamente, ser de dois anos. Há cursos de até seis meses que, se bem escolhidos, já podem garantir uma vaga mesmo em período de crise. Geralmente as áreas cuja tecnologia está mais presente de uma forma mais ativa, reserva sucesso para o investimento.
O tempo médio de espera para o nível superior, para a entrada ou recolocação no mercado, a depender da área, pode chegar até dois anos, enquanto para o nível técnico pode chegar até seis meses. Essa é a principal razão de muitas pessoas estarem fazendo o caminho inverso, ou seja, após uma formação superior estão buscando uma qualificação técnica. As empresas hoje, em especial as do setor produtivo, buscam profissionais não só por seus conhecimentos, mas também por suas habilidades. E, acredite, mesmo com o momento em que o Brasil atravessa, com mais de doze milhões de desempregados, quase a metade das empresas encontra dificuldades para preencher vagas. E é na área técnica que está concentrada a maior quantidade de profissionais que escolhem as ofertas de vagas.
A oferta do ensino superior foi uma revolução positiva nos últimos cinco ou seis anos e vem crescendo bastante na proporção que cresce também a disputa numa seleção. Já reparou que até pouco tempo se disputava uma vaga com quatro ou cinco candidatos e hoje, no mínimo, triplicou? Infelizmente, hoje um curso superior não é sinônimo de conhecimento, de qualificação. Para que isso seja uma realidade se faz necessária a combinação de três fatores: a área escolhida, a seriedade da instituição de ensino composta por professores capacitados e o interesse do aluno. E isso vale também para o ensino técnico.
Não há dúvidas de que certos conceitos recaíram sobre as funções técnicas quando da grande disseminação de ofertas em faculdades espalhadas pelo país. Muito pela questão já apontada aqui sobre já começar mandando e ganhando bem, ou mesmo focar no sonho em uma área – e repito que não se deve desistir do sonho, apenas talvez se deva chegar por outro caminho – e alcançar o sucesso profissional. Quem pensa que conceitos reservados às áreas técnicas que envolvem salários baixos e baixo nível de reconhecimento ainda estão na moda, precisa urgentemente olhar ao redor e reavaliar seu caminho, ou continuar se espremendo junto a tantos que esperam pelo fruto para poder identificar a árvore.
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
O erro é bem semelhante ao de outros países cuja mão-de-obra ofertada sugere sempre nível universitário, enquanto aquelas funções intermediárias não despertam interesse dos jovens. O que nos é passado é que aquele que não marca o gol não se destaca e nem fica famoso e rico. Por isso, atualmente, todo jogador de futebol quer ser um atacante. Porém, há um grande engano quanto às oportunidades oferecidas pelo setor técnico. Elas podem ser bem mais seguras pela necessidade do mercado, bem menos concorridas e bem mais rentáveis já que a área superior reserva poucas vagas para muitos concorrentes e isso também joga a oferta salarial para baixo.
Outro erro, e não menos prejudicial para o jovem que anseia entrar no mercado, é o de pensar que já deva entrar como um chefe e construir sua carreira começando do topo, ou pensar que, por ter escolhido iniciar numa área técnica, deva passar toda a sua vida profissional nela. Quanto ao primeiro pensamento, é lamentável que a imensa maioria esteja enganada e, sobre o segundo, por que não pensar em se colocar no mercado primeiro e investir melhor numa boa faculdade? Depois as opções podem surgir de uma forma menos urgente, o que lhe deixa numa situação de escolha bem mais vantajosa. E se mesmo assim ainda preferir ficar no setor técnico, onde também há uma importante escada para o crescimento, diferente do que muitos pensam, com certeza terá uma carreira sólida, visível e rentável.
De 2014 para 2015, houve um aumento de quase 40% na oferta de cursos técnicos. Contudo, é necessário também saber qual a área de maior necessidade no mercado e que um curso técnico também não precisa, necessariamente, ser de dois anos. Há cursos de até seis meses que, se bem escolhidos, já podem garantir uma vaga mesmo em período de crise. Geralmente as áreas cuja tecnologia está mais presente de uma forma mais ativa, reserva sucesso para o investimento.
O tempo médio de espera para o nível superior, para a entrada ou recolocação no mercado, a depender da área, pode chegar até dois anos, enquanto para o nível técnico pode chegar até seis meses. Essa é a principal razão de muitas pessoas estarem fazendo o caminho inverso, ou seja, após uma formação superior estão buscando uma qualificação técnica. As empresas hoje, em especial as do setor produtivo, buscam profissionais não só por seus conhecimentos, mas também por suas habilidades. E, acredite, mesmo com o momento em que o Brasil atravessa, com mais de doze milhões de desempregados, quase a metade das empresas encontra dificuldades para preencher vagas. E é na área técnica que está concentrada a maior quantidade de profissionais que escolhem as ofertas de vagas.
A oferta do ensino superior foi uma revolução positiva nos últimos cinco ou seis anos e vem crescendo bastante na proporção que cresce também a disputa numa seleção. Já reparou que até pouco tempo se disputava uma vaga com quatro ou cinco candidatos e hoje, no mínimo, triplicou? Infelizmente, hoje um curso superior não é sinônimo de conhecimento, de qualificação. Para que isso seja uma realidade se faz necessária a combinação de três fatores: a área escolhida, a seriedade da instituição de ensino composta por professores capacitados e o interesse do aluno. E isso vale também para o ensino técnico.
Não há dúvidas de que certos conceitos recaíram sobre as funções técnicas quando da grande disseminação de ofertas em faculdades espalhadas pelo país. Muito pela questão já apontada aqui sobre já começar mandando e ganhando bem, ou mesmo focar no sonho em uma área – e repito que não se deve desistir do sonho, apenas talvez se deva chegar por outro caminho – e alcançar o sucesso profissional. Quem pensa que conceitos reservados às áreas técnicas que envolvem salários baixos e baixo nível de reconhecimento ainda estão na moda, precisa urgentemente olhar ao redor e reavaliar seu caminho, ou continuar se espremendo junto a tantos que esperam pelo fruto para poder identificar a árvore.
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
Por que o comércio já tem produtos de Natal?
Com a passagem do Dia das Crianças, o próximo grande feriado festivo para o comércio é certamente o Natal. É um pouco cedo, pois faltam mais de 2 meses para que o bom velhinho venha nos entregar presentes, mas pode ser um bom negócio, tanto para os consumidores quanto para os lojistas.
natalGrande parte dos produtos de Natal sofrem do mesmo mal dos produtos perecíveis. E aqui não falo apenas de frutas, legumes e derivados de leite. São também perecíveis jornais, revistas, sangue e moda. Muitos produtos natalinos não tem nenhum valor passada a noite do dia 25. Quem vai comprar uma árvore de Natal no dia 26? Luzinhas piscantes? Decorações? E o que dizer dos brinquedos e presentes. Enquanto o preço deles certamente cai a partir do dia 26, as crianças querem seus presentes entregues na hora certa, afinal eles se comportaram o ano inteiro e o bom velhinho vai visitá-las.
Mas e a logística das vendas do Natal? As cadeias de suprimentos que alimentam as vendas natalinas tem situações críticas e específicas, como ocorre nas festas temáticas (dia dos namorados, dia dos pais, dia das mães, dia das crianças…).
1. Os produtos destas festas são altamente sazonais. Muitas lojas de departamento tem um espaço dedicado apenas para itens sazonais. Essas seções de itens sazonais tem um giro de produtos que segue o calendário das festas: Natal, ano novo, carnaval, etc. Ocorre que depois do dia das crianças, o próximo grande evento é realmente o Natal. Então, vale mais a pena colocar produtos natalinos agora, do que deixar as prateleiras vazias.
2. As lojas de departamento ajudam os consumidores a se prepararem para o Natal. As decorações, árvores, pisca-pisca, meias e bengalas são compradas e instaladas muitas semanas antes da chegada do papai Noel.
3. Como são produtos sazonais, muitos consumidores preferem comprar cedo, para não correr o risco que seu produto preferido acabe.
Para ajudar, no Brasil muitas pessoas começam a utilizar o 13o salário adiantado e fazem as compras aos poucos nos cartões de crédito, o que contribui para o mercado natalino antecipado.
Finalmente, vale lembrar que a logística não tem culpa pelas musiquinhas que as lojas insistem em tocar nessa época…
Fonte: Leandro Callegari Coelho http://www.logisticadescomplicada.com/
sábado, 24 de setembro de 2016
Estradas explosivas
A mídia vem noticiando ultimamente vários acidentes
assustadores nas estradas brasileiras. Várias mortes, várias vítimas com
ferimentos e várias pessoas que jamais esquecerão as cenas trágicas que
testemunharam quando das explosões de caminhões-tanque, após um tombamento ou
colisão, com as chamas avançando sobre tudo e sobre todos. Isso não só é
assustador como recorrente. Quais elementos estão envolvidos em tantas
ocorrências que contribuem para o medo ao pegar uma estrada no Brasil? As
exigências satisfazem o mínimo da segurança necessária ao cruzarmos com essas
“bombas-relógio”? Os condutores estão qualificados? A manutenção desses
veículos está de acordo com o perigo que representam?
Essas e várias outras perguntas surgem sempre que nos
deparamos com imagens de chamas engolindo tudo pela frente. Mas, os elementos
envolvidos em acidentes do tipo são bem mais complexos e fogem ao entendimento
geral. Aqui estão envolvidos o despreparo, a omissão, a autoridade, a ganância,
a exploração do trabalho, a droga, a falta de infraestrutura e a
irresponsabilidade de funcionários, patrões e do poder público.
Estive presente nesse mercado por alguns anos e, em outros,
rodei milhares de quilômetros por estradas brasileiras quando de minhas
consultorias acompanhando obras de infraestrutura pelo Brasil e, além daquelas
perguntas que citei, uma em especial surge primeiro que qualquer outra: “e se
fosse comigo?”
Presenciei vários acidentes em que a imprudência imperava
sobre a ação, mas um me chamou mais atenção: um condutor de um caminhão-tanque
carregado com gasolina teve uma pane de freio em uma das rodas traseiras. Ele
dirigiu alguns quilômetros superaquecendo a roda até que o fogo tomou conta do
pneu, e rodou mais uns metros até parar num posto de combustíveis para usar o
telefone. Alheio ao perigo e sem se preocupar com os curiosos que se
aproximaram sem a mínima noção do risco. Infelizmente, ele tem muitos
semelhantes.
Só esse exemplo contempla a maioria dos elementos de risco
os quais mencionei anteriormente. Bom que esse não terminou em tragédia, mas
refletiu tudo de inapropriado quanto aos conceitos de uma condução segura,
proteção de área e procedimentos em emergências sobre os quais abordei em artigos
anteriores que falavam dos riscos do transporte de produtos perigosos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,25 milhão
de pessoas no mundo morrem por ano em acidentes de trânsito. Se considerarmos
que uma morte já seria um absurdo, no Brasil são mais de 47 mil mortes e mais
de 200 mil pessoas hospitalizadas por ano. Não temos, sequer, levantamentos
concretos, pois os números do Ministério da Saúde apontam “apenas” 43 mil
mortes e não se tem um acompanhamento sobre a alta hospitalar. Controverso
também, quando comparamos os números do Seguro de Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), de 2015, que apontam 42.500
indenizações por morte e, pasmem, 515.750 por invalidez. E, mesmo com o que
conhecemos sobre a demora dos processos judiciais no Brasil e sobre a investida
da corrupção na área do DPVAT, sabemos que esses números não refletem uma
realidade e podem ser ainda mais graves do que aparentam quanto às vítimas
fatais.
Não se têm números precisos sobre a situação em particular
desse tipo de transporte, o que se sabe mesmo é que as estradas já oferecem
perigo suficiente para causar mortes; que tem muito departamento de manutenção
dizendo ao motorista que consertará o sistema de freio na “próxima” viagem; muito
dono de caminhão preocupado com o valor do frete e sem dinheiro para a
manutenção e qualificação de seus motoristas, outros preocupados em aumentar
seus lucros; muitos motoristas sem juízo conduzindo cargas perigosas e muitos
transeuntes sem a noção dos riscos aos quais estão submetidos por simplesmente
cruzarem com essa série de elementos envolvidos numa tarefa que, em grande
parte, deveria ser bem diferente.
A paz na estrada se constrói bem antes de pegar o volante;
antes mesmo de construir a estrada, o veículo e o profissional que o conduzirá.
Fonte: by Marcos Aurélio da Costa in Gestão, Logística, Transportes em http://www.logisticadescomplicada.com
sábado, 20 de agosto de 2016
Por que empresas fecham após uma crise?
O fim de uma crise pode trazer falsas sensações para empresas cujas
contas estão em desequilíbrio. Aquela coisa do “passou!” ou aquela do
“agora vamos que vamos!” não acontecerá se não houve um bom
planejamento, controle e o ganho de muito conhecimento nesse período.
São muitas as empresas que fecham as portas durante uma crise por falta
de “jogo de cintura”, mas também são muitas as que fecham após as
turbulências, pois o mercado recupera seu ritmo bem mais rápido do que
aquelas que não se prepararam para a retomada da economia.
Não deixa de ser algo muito natural no Ciclo da Economia, porém, é algo evitável ser surpreendido pela velocidade de seu mercado de atuação. A maior causa está em se focar no problema e não nas soluções. Temos um hábito mortal de olhar só para o problema e de lhe fornecer energias para que ele se agigante. Não deixa de ser um caminho necessário pensar em como superar uma crise, mas não se pode dispensar muito tempo nessa fase, pois o mais importante é como sua empresa estará ao final dela. Isso é de grande valia para novas ideias, novos modelos para o mercado e até para evitar grandes prejuízos.
Semana passada, pedi o que talvez possa ser minha última pizza num estabelecimento perto de onde moro. A qualidade caiu assustadoramente, embora o preço tenha se mantido. Em conversa com o proprietário, exercendo meu direito de consumidor ao reclamar da qualidade, vieram todas as palavras ligadas ao período difícil: matéria-prima mais cara, redução de custos, demissões, contas atrasadas… Opa! Tudo errado! Essas palavras fazem parte apenas daquela primeira parte citada: superar a crise. E quanto à parte principal de como estarei ao final da crise? Isso está diretamente ligada às outras perguntas para as quais se tem que saber as respostas de bate-pronto, como: aonde foram meus clientes? Quantos funcionários deverei contratar? Quanto devo pagá-los? Em quanto tempo conquistarei a qualidade plena?
Imagine-se de mãos atadas para trás enquanto vê o leite fervendo e subindo, subindo… Assim é sua empresa ao final de uma crise: seus clientes lhe abandonaram porque você abandonou sua qualidade e o bom serviço, seus melhores funcionários lhe abandonaram porque você não formou uma relação de parceria, e isso inclui bom relacionamento, pagamentos justos, reciclagens… E, para piorar, a mão-de-obra ficou escassa de uma hora para outra e agora você deverá pagar um salário mais alto do que seus antigos funcionários e qualificá-los sem nenhuma garantia de que não esteja perdendo tempo e ainda mais qualidade nos processos. E, com o leite prestes a derramar, ou você tem coragem para se virar e correr o risco de queimar as mãos ou ainda, antes do leite ferver, conseguir desatar suas mãos. Esta última e melhor opção é sinônimo de planejamento.
O problema é que a grande maioria pensa em soprar forte e apagar o fogo, sem se preocupar com os efeitos do gás que pode matar lentamente ou colocar tudo pelos ares em pouquíssimo tempo.
Voltando ao exemplo da pizzaria, vamos imaginar que, com a perda de qualidade, de cada 100 clientes, pelo menos 50 procurarão os concorrentes de imediato; com a redução dos custos e uma leve diminuição no preço final, mais 20 novos clientes surgirão fugindo de preços altos dos concorrentes. E se nesse momento a solução fosse a manutenção da qualidade? Ousar ainda é a melhor receita para gerar receita. E, mesmo com lucro zero, a pizzaria estará no mesmo eixo da qualidade, mantendo grande parte de seus clientes com o know-how para resgatar ou conquistar outros após essa fase de substitutibilidade. Caso opte mesmo em reduzir a qualidade, ao retomá-la, seus custos retornarão maiores que os anteriores, com o tempo contando, daqueles 50 clientes, 40 também a abandonará mais tarde e, com uma estrutura inchada, ela passará a ter aqueles 20 – os dos preços baixos e fieis só até acharem um preço menor – e mais uns 10 como base. Das duas uma: ou fecha ou se torna medíocre.
É muito importante saber que você precisou de dinheiro para construir sua marca e hoje é ela que lhe fornece o dinheiro, e este não paga qualquer dano a que ela seja submetida.
É mesmo um grande erro as empresas acharem que para a saída de uma crise a qualidade tenha que ser afetada. Isso está muito ligado à ganância ou ao desespero e não ao modelo de mercado ideal. Pensando pequeno, opta-se sempre em entregar o tesouro à concorrência ousada.
Fonte: by Marcos Aurélio da Costa in Gestão, Logística
Não deixa de ser algo muito natural no Ciclo da Economia, porém, é algo evitável ser surpreendido pela velocidade de seu mercado de atuação. A maior causa está em se focar no problema e não nas soluções. Temos um hábito mortal de olhar só para o problema e de lhe fornecer energias para que ele se agigante. Não deixa de ser um caminho necessário pensar em como superar uma crise, mas não se pode dispensar muito tempo nessa fase, pois o mais importante é como sua empresa estará ao final dela. Isso é de grande valia para novas ideias, novos modelos para o mercado e até para evitar grandes prejuízos.
Semana passada, pedi o que talvez possa ser minha última pizza num estabelecimento perto de onde moro. A qualidade caiu assustadoramente, embora o preço tenha se mantido. Em conversa com o proprietário, exercendo meu direito de consumidor ao reclamar da qualidade, vieram todas as palavras ligadas ao período difícil: matéria-prima mais cara, redução de custos, demissões, contas atrasadas… Opa! Tudo errado! Essas palavras fazem parte apenas daquela primeira parte citada: superar a crise. E quanto à parte principal de como estarei ao final da crise? Isso está diretamente ligada às outras perguntas para as quais se tem que saber as respostas de bate-pronto, como: aonde foram meus clientes? Quantos funcionários deverei contratar? Quanto devo pagá-los? Em quanto tempo conquistarei a qualidade plena?
Imagine-se de mãos atadas para trás enquanto vê o leite fervendo e subindo, subindo… Assim é sua empresa ao final de uma crise: seus clientes lhe abandonaram porque você abandonou sua qualidade e o bom serviço, seus melhores funcionários lhe abandonaram porque você não formou uma relação de parceria, e isso inclui bom relacionamento, pagamentos justos, reciclagens… E, para piorar, a mão-de-obra ficou escassa de uma hora para outra e agora você deverá pagar um salário mais alto do que seus antigos funcionários e qualificá-los sem nenhuma garantia de que não esteja perdendo tempo e ainda mais qualidade nos processos. E, com o leite prestes a derramar, ou você tem coragem para se virar e correr o risco de queimar as mãos ou ainda, antes do leite ferver, conseguir desatar suas mãos. Esta última e melhor opção é sinônimo de planejamento.
O problema é que a grande maioria pensa em soprar forte e apagar o fogo, sem se preocupar com os efeitos do gás que pode matar lentamente ou colocar tudo pelos ares em pouquíssimo tempo.
Voltando ao exemplo da pizzaria, vamos imaginar que, com a perda de qualidade, de cada 100 clientes, pelo menos 50 procurarão os concorrentes de imediato; com a redução dos custos e uma leve diminuição no preço final, mais 20 novos clientes surgirão fugindo de preços altos dos concorrentes. E se nesse momento a solução fosse a manutenção da qualidade? Ousar ainda é a melhor receita para gerar receita. E, mesmo com lucro zero, a pizzaria estará no mesmo eixo da qualidade, mantendo grande parte de seus clientes com o know-how para resgatar ou conquistar outros após essa fase de substitutibilidade. Caso opte mesmo em reduzir a qualidade, ao retomá-la, seus custos retornarão maiores que os anteriores, com o tempo contando, daqueles 50 clientes, 40 também a abandonará mais tarde e, com uma estrutura inchada, ela passará a ter aqueles 20 – os dos preços baixos e fieis só até acharem um preço menor – e mais uns 10 como base. Das duas uma: ou fecha ou se torna medíocre.
É muito importante saber que você precisou de dinheiro para construir sua marca e hoje é ela que lhe fornece o dinheiro, e este não paga qualquer dano a que ela seja submetida.
É mesmo um grande erro as empresas acharem que para a saída de uma crise a qualidade tenha que ser afetada. Isso está muito ligado à ganância ou ao desespero e não ao modelo de mercado ideal. Pensando pequeno, opta-se sempre em entregar o tesouro à concorrência ousada.
Fonte: by Marcos Aurélio da Costa in Gestão, Logística
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Qual seria o seu esporte olímpico no trabalho? Faça teste e descubra
Teste mostra em qual modalidade o perfil do profissional se encaixa.
Atletismo e tiro esportivo são algumas das modalidades esportivas.
Fonte: Do G1, em São Paulo
Thiago
Braz da Silva comemora a medalha de ouro no salto com vara e também o
novo recorde olímpico da modalidade, de 6,03 metros (Foto: Kai
Pfaffenbach/Reuters)
A Olimpíada é o assunto do momento e algumas modalidades esportivas têm
mais relação com o ambiente de trabalho do que os profissionais
imaginam. E se o escritório fosse um esporte, qual você se enquadria?
Qual seria a sua modalidade?
saiba mais
Focado em resultados, tempo como inimigo, trabalho coletivo ou
executor? Esses são algumas das características presentes no perfil
profissional e também na Rio 2016.A FIT RH Consulting desenvolveu um teste para que o profissional descubra em qual modalidade olímpica seu perfil se encaixa. Veja o teste e responda as perguntas:
1- Em uma situação de crise em seu departamento, o que você faz?
a) Senta sozinho, respira, e tenta achar uma solução para o problema;
b) O tempo é quem dita a resolução da crise;
c) Reúne os colegas de trabalho para encontrar a solução;
d) Se desdobra para que o problema seja resolvido com precisão;
2 - Em uma reunião de trabalho:
a) Você pensa no próximo passo depois da reunião;
b) Você fica de olho no relógio cronometrando o tempo de reunião;
c) Você escuta o que a equipe tem a falar e também fala o que pensa para chegar a uma estratégia;
d) Você só pensa na execução que tem que ser perfeita dos projetos discutidos na reunião;
3 - Qual sua principal característica dentro da empresa?
a) Focado: você é o profissional que esquece o ambiente em que está inserido e foca no resultado de uma ação;
b) Resultado: você é o profissional do tempo x resultado;
c) Estrategista: você pensa na estratégia, mas depende da atuação do coletivo;
d) Executor: é a linha de frente na execução dos projetos com precisão;
4 - No horário de almoço você:
a) Prefere almoçar sozinho com seus pensamentos;
b) Almoça rapidinho para aproveitar melhor o tempo;
c) Almoça com a galera e discute assuntos de interesse geral;
d) Almoça sozinho ou acompanhado;
5 - No happy hour:
a) Não vai para o happy hour;
b) Passa rapidinho, descontrai e vai embora na mesma velocidade em que chegou;
c) Vai com a turma, bebe socialmente, dança o que tiver tocando e fala de assuntos diversos;
d) Não bebe e se desdobra para dar atenção a todo mundo;
Para saber qual o seu perfil, some as letras para saber qual foi a mais escolhida:
Maioria A: Tiro Esportivo
É o funcionário focado no resultado. É concentrado e com calma ímpar. Normalmente se desenvolve melhor sozinho e ganha a medalha que ninguém esperava.
Maioria B: Atletismo
O tempo é sempre seu inimigo. Faz tudo com muita rapidez para entregar o resultado. É o que corre atrás da meta e do prazo. Para esse profissional, quanto antes a entrega, melhor. Dele, todo mundo espera a medalha, mas têm concorrentes tão bons quanto ele.
Maioria C: Futebol
É funcionário da coletividade, que escuta os colaboradores e pede opiniões sobre o trabalho. É sempre o mais disputado nos almoços e happy-hours, mas quando falha é o mais criticado.
Maioria D: Ginástica
Funcionário que tem preocupação com a execução do projeto ou serviço e se desdobra para que ele ocorra com perfeição e um “quê” de beleza. É aquele funcionário pouco valorizado, até ganhar a medalha de ouro.
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