O Canal do Panamá está passando por reformas e está sendo ampliado, o que terá consequências no mundo todo. Hoje, os maiores navios capazes de atravessar o canal, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, carregam carga equivalente a 4.400 contêineres de 20 pés (TEU). Depois da expansão, este número será quase triplicado, para 12.600. Já para 2014!
O frete marítimo transoceânico está intimamente ligado com economias em escala, e um navio capaz de carregar três vezes mais carga tem um impacto considerável no custo, principalmente quando a alternativa é descarregar na costa oeste americana e transportar a carga por trens até a costa leste. Isso ainda é muito melhor do que fazemos hoje no Brasil, sem a disponibilidade dos trens…
Hoje a viagem da Ásia até a costa oeste americana, mais o trajeto dos trens até a costa leste leva em torno de 18 dias. O trajeto sempre pela água, através do Canal do Panamá leva uns 22 dias, aproximadamente o mesmo que através do Canal de Suez – uma rota alternativa (e concorrente) da Ásia para a costa leste. A viagem pelo mar também pode ser mais longa, dependendo da velocidade do navio e da congestão das rotas escolhidas. Hoje, 70% das importações americanas vindas da Ásia chegam aos portos da costa oeste.
A opção navio+trens pode custar entre 10% e 25% mais caro, dependendo de como uma determinada carga é roteada para atender restrições de entrega (como just in time). As economias de um canal maior pode aumentar ainda mais a diferença.
Executivos da Autoridade Portuária de Georgia dizem que varejistas tais como o Walmart planejam enviar mais produtos através do Canal de Panamá renovado.
Isto não significa que os portos da costa oeste estejam fadados ao fracasso. Eles tem melhores conexões ferroviárias e outras vantagens infraestruturais que os portos da costa leste. Além disso, navios maiores estão a caminho. A revista The Economist tem um artigo descrevendo um navio da Maersk Lines capaz de carregar 15,000 TEUs e que navios de até 18,000 TEUs estão sendo fabricados. Estes gigantes não passarão nem pelo Canal do Panamá renovado, e desde que portos como o Los Angeles possam recebê-los, eles irão diminuir a vantagem de custo da rota pelo Panamá.
Tem mais um ponto a ser lembrado. Como os recentes eventos no Japão e Tailândia nos mostraram, ter toda a sua produção centralizada num único lugar pode ser arriscado. O mesmo pode ser dito para ter somente uma rota logística.
Os transportadores gostam de alternativas. Conflitos trabalhistas na última década fecharam alguns portos da costa oeste e enviaram boa parte dos negócios para o Canal do Panamá, que nunca mais voltaram.
“O que não se pode discutir é que todo o sistema logístico tornou-se mais diversificado”, diz o diretor executivo da Autoridade Portuária da Geórgia.
O menor custo oferecido pelo trânsito através do Canal do Panamá vai diminuir o custo, sem alterar drasticamente o fluxo de produtos.
O frete marítimo transoceânico está intimamente ligado com economias em escala, e um navio capaz de carregar três vezes mais carga tem um impacto considerável no custo, principalmente quando a alternativa é descarregar na costa oeste americana e transportar a carga por trens até a costa leste. Isso ainda é muito melhor do que fazemos hoje no Brasil, sem a disponibilidade dos trens…
Hoje a viagem da Ásia até a costa oeste americana, mais o trajeto dos trens até a costa leste leva em torno de 18 dias. O trajeto sempre pela água, através do Canal do Panamá leva uns 22 dias, aproximadamente o mesmo que através do Canal de Suez – uma rota alternativa (e concorrente) da Ásia para a costa leste. A viagem pelo mar também pode ser mais longa, dependendo da velocidade do navio e da congestão das rotas escolhidas. Hoje, 70% das importações americanas vindas da Ásia chegam aos portos da costa oeste.
A opção navio+trens pode custar entre 10% e 25% mais caro, dependendo de como uma determinada carga é roteada para atender restrições de entrega (como just in time). As economias de um canal maior pode aumentar ainda mais a diferença.
Executivos da Autoridade Portuária de Georgia dizem que varejistas tais como o Walmart planejam enviar mais produtos através do Canal de Panamá renovado.
Isto não significa que os portos da costa oeste estejam fadados ao fracasso. Eles tem melhores conexões ferroviárias e outras vantagens infraestruturais que os portos da costa leste. Além disso, navios maiores estão a caminho. A revista The Economist tem um artigo descrevendo um navio da Maersk Lines capaz de carregar 15,000 TEUs e que navios de até 18,000 TEUs estão sendo fabricados. Estes gigantes não passarão nem pelo Canal do Panamá renovado, e desde que portos como o Los Angeles possam recebê-los, eles irão diminuir a vantagem de custo da rota pelo Panamá.
Tem mais um ponto a ser lembrado. Como os recentes eventos no Japão e Tailândia nos mostraram, ter toda a sua produção centralizada num único lugar pode ser arriscado. O mesmo pode ser dito para ter somente uma rota logística.
Os transportadores gostam de alternativas. Conflitos trabalhistas na última década fecharam alguns portos da costa oeste e enviaram boa parte dos negócios para o Canal do Panamá, que nunca mais voltaram.
“O que não se pode discutir é que todo o sistema logístico tornou-se mais diversificado”, diz o diretor executivo da Autoridade Portuária da Geórgia.
O menor custo oferecido pelo trânsito através do Canal do Panamá vai diminuir o custo, sem alterar drasticamente o fluxo de produtos.
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