Muitos jovens estão buscando sua tão aguardada entrada no Mercado de Trabalho por meio de cursos superiores e estão esquecendo de olhar ao redor para perceberem que essa pode não ser a única opção. O ensino técnico pode ser uma porta bem mais larga do que a oferecida pelo nível superior com suas vagas extremamente concorridas.
O erro é bem semelhante ao de outros países cuja mão-de-obra ofertada sugere sempre nível universitário, enquanto aquelas funções intermediárias não despertam interesse dos jovens. O que nos é passado é que aquele que não marca o gol não se destaca e nem fica famoso e rico. Por isso, atualmente, todo jogador de futebol quer ser um atacante. Porém, há um grande engano quanto às oportunidades oferecidas pelo setor técnico. Elas podem ser bem mais seguras pela necessidade do mercado, bem menos concorridas e bem mais rentáveis já que a área superior reserva poucas vagas para muitos concorrentes e isso também joga a oferta salarial para baixo.
Outro erro, e não menos prejudicial para o jovem que anseia entrar no mercado, é o de pensar que já deva entrar como um chefe e construir sua carreira começando do topo, ou pensar que, por ter escolhido iniciar numa área técnica, deva passar toda a sua vida profissional nela. Quanto ao primeiro pensamento, é lamentável que a imensa maioria esteja enganada e, sobre o segundo, por que não pensar em se colocar no mercado primeiro e investir melhor numa boa faculdade? Depois as opções podem surgir de uma forma menos urgente, o que lhe deixa numa situação de escolha bem mais vantajosa. E se mesmo assim ainda preferir ficar no setor técnico, onde também há uma importante escada para o crescimento, diferente do que muitos pensam, com certeza terá uma carreira sólida, visível e rentável.
De 2014 para 2015, houve um aumento de quase 40% na oferta de cursos técnicos. Contudo, é necessário também saber qual a área de maior necessidade no mercado e que um curso técnico também não precisa, necessariamente, ser de dois anos. Há cursos de até seis meses que, se bem escolhidos, já podem garantir uma vaga mesmo em período de crise. Geralmente as áreas cuja tecnologia está mais presente de uma forma mais ativa, reserva sucesso para o investimento.
O tempo médio de espera para o nível superior, para a entrada ou recolocação no mercado, a depender da área, pode chegar até dois anos, enquanto para o nível técnico pode chegar até seis meses. Essa é a principal razão de muitas pessoas estarem fazendo o caminho inverso, ou seja, após uma formação superior estão buscando uma qualificação técnica. As empresas hoje, em especial as do setor produtivo, buscam profissionais não só por seus conhecimentos, mas também por suas habilidades. E, acredite, mesmo com o momento em que o Brasil atravessa, com mais de doze milhões de desempregados, quase a metade das empresas encontra dificuldades para preencher vagas. E é na área técnica que está concentrada a maior quantidade de profissionais que escolhem as ofertas de vagas.
A oferta do ensino superior foi uma revolução positiva nos últimos cinco ou seis anos e vem crescendo bastante na proporção que cresce também a disputa numa seleção. Já reparou que até pouco tempo se disputava uma vaga com quatro ou cinco candidatos e hoje, no mínimo, triplicou? Infelizmente, hoje um curso superior não é sinônimo de conhecimento, de qualificação. Para que isso seja uma realidade se faz necessária a combinação de três fatores: a área escolhida, a seriedade da instituição de ensino composta por professores capacitados e o interesse do aluno. E isso vale também para o ensino técnico.
Não há dúvidas de que certos conceitos recaíram sobre as funções técnicas quando da grande disseminação de ofertas em faculdades espalhadas pelo país. Muito pela questão já apontada aqui sobre já começar mandando e ganhando bem, ou mesmo focar no sonho em uma área – e repito que não se deve desistir do sonho, apenas talvez se deva chegar por outro caminho – e alcançar o sucesso profissional. Quem pensa que conceitos reservados às áreas técnicas que envolvem salários baixos e baixo nível de reconhecimento ainda estão na moda, precisa urgentemente olhar ao redor e reavaliar seu caminho, ou continuar se espremendo junto a tantos que esperam pelo fruto para poder identificar a árvore.
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
O erro é bem semelhante ao de outros países cuja mão-de-obra ofertada sugere sempre nível universitário, enquanto aquelas funções intermediárias não despertam interesse dos jovens. O que nos é passado é que aquele que não marca o gol não se destaca e nem fica famoso e rico. Por isso, atualmente, todo jogador de futebol quer ser um atacante. Porém, há um grande engano quanto às oportunidades oferecidas pelo setor técnico. Elas podem ser bem mais seguras pela necessidade do mercado, bem menos concorridas e bem mais rentáveis já que a área superior reserva poucas vagas para muitos concorrentes e isso também joga a oferta salarial para baixo.
Outro erro, e não menos prejudicial para o jovem que anseia entrar no mercado, é o de pensar que já deva entrar como um chefe e construir sua carreira começando do topo, ou pensar que, por ter escolhido iniciar numa área técnica, deva passar toda a sua vida profissional nela. Quanto ao primeiro pensamento, é lamentável que a imensa maioria esteja enganada e, sobre o segundo, por que não pensar em se colocar no mercado primeiro e investir melhor numa boa faculdade? Depois as opções podem surgir de uma forma menos urgente, o que lhe deixa numa situação de escolha bem mais vantajosa. E se mesmo assim ainda preferir ficar no setor técnico, onde também há uma importante escada para o crescimento, diferente do que muitos pensam, com certeza terá uma carreira sólida, visível e rentável.
De 2014 para 2015, houve um aumento de quase 40% na oferta de cursos técnicos. Contudo, é necessário também saber qual a área de maior necessidade no mercado e que um curso técnico também não precisa, necessariamente, ser de dois anos. Há cursos de até seis meses que, se bem escolhidos, já podem garantir uma vaga mesmo em período de crise. Geralmente as áreas cuja tecnologia está mais presente de uma forma mais ativa, reserva sucesso para o investimento.
O tempo médio de espera para o nível superior, para a entrada ou recolocação no mercado, a depender da área, pode chegar até dois anos, enquanto para o nível técnico pode chegar até seis meses. Essa é a principal razão de muitas pessoas estarem fazendo o caminho inverso, ou seja, após uma formação superior estão buscando uma qualificação técnica. As empresas hoje, em especial as do setor produtivo, buscam profissionais não só por seus conhecimentos, mas também por suas habilidades. E, acredite, mesmo com o momento em que o Brasil atravessa, com mais de doze milhões de desempregados, quase a metade das empresas encontra dificuldades para preencher vagas. E é na área técnica que está concentrada a maior quantidade de profissionais que escolhem as ofertas de vagas.
A oferta do ensino superior foi uma revolução positiva nos últimos cinco ou seis anos e vem crescendo bastante na proporção que cresce também a disputa numa seleção. Já reparou que até pouco tempo se disputava uma vaga com quatro ou cinco candidatos e hoje, no mínimo, triplicou? Infelizmente, hoje um curso superior não é sinônimo de conhecimento, de qualificação. Para que isso seja uma realidade se faz necessária a combinação de três fatores: a área escolhida, a seriedade da instituição de ensino composta por professores capacitados e o interesse do aluno. E isso vale também para o ensino técnico.
Não há dúvidas de que certos conceitos recaíram sobre as funções técnicas quando da grande disseminação de ofertas em faculdades espalhadas pelo país. Muito pela questão já apontada aqui sobre já começar mandando e ganhando bem, ou mesmo focar no sonho em uma área – e repito que não se deve desistir do sonho, apenas talvez se deva chegar por outro caminho – e alcançar o sucesso profissional. Quem pensa que conceitos reservados às áreas técnicas que envolvem salários baixos e baixo nível de reconhecimento ainda estão na moda, precisa urgentemente olhar ao redor e reavaliar seu caminho, ou continuar se espremendo junto a tantos que esperam pelo fruto para poder identificar a árvore.
Fonte: Marcos Aurélio da Costa http://www.logisticadescomplicada.com/
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