Outro dia eu estava em uma empresa e um funcionário me disse algo como: "Até parece que a gente conversa, mas a única coisa séria que a gente fala é sobre futebol, o resto a gente vai tocando cada um do seu jeito". Ora, é claro que uma empresa não deve ser transformada em um clube de conversa, mas é das trocas que surgem as idéias, as correções de rumo, as inovações. Além disso, é sempre bom lembrar que a melhor ferramenta de gestão de pessoas chama-se feedback.
Há uma experiência educacional que vem da antiguidade e que eu considero que poderia ser utilizada ainda hoje na educação de jovens, especialmente na educação corporativa. A educação se dividia em dois tipos: as Habilidades Ocupacionais, que ensinavam um ofício, algo artesanal, uma profissão técnica e era reservada para as famílias mais simples e havia as Artes Liberais, que se dividiam em duas fases, o Trivium e o Quatrivium.
O Trivium tinha três disciplinas: Gramática, Retórica e Dialética, que ensinavam, respectivamente, o uso correto das palavras, a competência para expor idéias e a arte de escutar. Depois é que vinha o Quatrivium com Aritmética, Geometria, Astronomia e Música.
Primeiro o jovem aprendia a dominar o idioma, a se comunicar e a prestar atenção nos outros, só então passava a se ocupar dos números e da lógica.
Dizem que os casamentos acabam por falta de diálogo. Mas não só no casamento que esse assunto é importante e sim em qualquer tipo de relação humana em que o convívio pode ser fonte de produtividade e prazer ou de sofrimento e inoperância. Inclusive, ou principalmente, nas relações de trabalho, onde o diálogo poderia estar presente, mas muitas vezes é substituído pelos monólogos do poder.
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