No mundo corporativo existe quase um mantra de que é necessário aprender a liderar. Até que ponto isso é uma verdade? E se a pessoa simplesmente não quiser assumir essa responsabilidade, quais são suas opções?
O professor da Harvard Business School, Bill George é taxativo: a liderança que vale é a "liderança autêntica", ou seja, aquela que deriva da intenção de liderar. Tive o prazer de prefaciar seu livro na edição brasileira e o que me marcou, quando o li, é a afirmação de que os liderados sentem com muita facilidade se seu líder está, de fato, imbuído da intenção de liderar ou se ele está apenas, digamos, "cumprindo tabela". Não dá pra enganar nesse assunto.
Por isso eu gosto de afirmar que liderança é, em princípio, uma escolha. E como qualquer escolha, é necessário observar os dois lados, as prerrogativas e os encargos, as vantagens e as desvantagens. A principal atração é a sensação de poder, mas é necessário levar em consideração seu contraponto que é a responsabilidade, que, no caso dos líderes, estende-se às atividades dos liderados. Em outras palavras, um líder não responde só por seus atos, mas também sobre os atos dos outros. Você está disposto?
Quanto à escolha de não liderar ninguém, lembre-se que, no mínimo, você terá que liderar a si mesmo, aliás, a tarefa mais difícil.
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