domingo, 5 de junho de 2016

Autoliderança: que passos seguir para desenvolvê-la?

Successful business man with arms up smiling
Você por acaso vem sofrendo com a ausência de expectativas positivas em relação à sua própria carreira? Pois saiba que definitivamente não está sozinho nessa caminhada. Na verdade, essa insegurança se configura como um dos maiores problemas enfrentados pelos profissionais atualmente, limitando seu talento e suas habilidades. Consequentemente, diversas boas oportunidades acabam sendo perdidas ao longo do caminho. Deixando de desenvolver o autoconhecimento e a autoconsciência, esses profissionais se veem distantes de explorar totalmente seu potencial. Nesse cenário, a mudança de postura se torna fundamental.
Aí entra a autoliderança como diferencial competitivo, proporcionando uma visão de longo prazo, garantindo mais foco na carreira, reforçando o senso de disciplina e criando engajamento na medida certa. Como principal característica, o autoliderado apresenta a capacidade de conduzir aspectos pessoais e profissionais com a devida responsabilidade, deixando de lado a apatia e a vitimização. Quem trabalha a autoliderança não terceiriza erros nem acumula desculpas para justificar suas falhas e deficiências. Muito pelo contrário, age como protagonista de suas ações, com admirável firmeza de propósito, a fim de receber reconhecimento legítimo pelos resultados obtidos.
Mas como esse é um processo de aprendizado contínuo, para desenvolver a autoliderança é preciso, primeiramente, conhecer a si mesmo, percebendo suas forças e fraquezas a fim de construir um modo novo de pensar e reagir aos acontecimentos do dia a dia. É possível criar, assim, as condições necessárias para traçar uma carreira bem-sucedida, sempre com bastante equilíbrio, organização, maturidade e persistência. Mas e na prática, como desenvolver tudo isso? Quer descobrir? Então acompanhe agora mesmo nosso post:

O que é autoliderança?

A autoliderança pode ser entendida como a capacidade de influenciar a si próprio de maneira a desenvolver o autogerenciamento e a automotivação ideais para adotar hábitos positivos e atuar de maneira assertiva. Para isso, técnicas de controle de pensamento e comportamento são adotadas, além de mecanismos de recompensa e administração para favorecer a confiança, a criatividade, a determinação e a eficiência em todos os âmbitos. Vale salientar que, ao contrário do que muitos podem pensar, a autoliderança não se traduz na prática como a ausência de líderes ou gestores. Essas figuras sempre estarão presentes, apoiando o desenvolvimento dos profissionais para que superem os desafios cotidianos.
Por meio do autoconhecimento e de uma percepção apurada de ambições, preferências, prioridades, talentos e valores, a autoliderança permite a criação de metas bem definidas que servem como uma espécie de guia para a carreira. Paralelamente, essa habilidade faz com que o profissional elabore um planejamento completo para alcançar tais metas, conduzindo-se em direção aos próprios objetivos com segurança e determinação, assim como um líder o faria. Lembrando que nesse contexto entram também a autonomia, a humildade, a resiliência e o poder de decisão. Com esse poderoso conjunto de características fica mais fácil manter o foco, a disciplina e a disposição.

Por que é importante?

Há algum tempo, o mercado passou a reconhecer a importância do capital humano para a longevidade e o crescimento dos negócios. E foi daí que consequentemente surgiu uma maior valorização do indivíduo, dos relacionamentos interpessoais, da coletividade e da complementariedade. Considerando que empresas de todos os portes precisam garantir a competitividade diante de um cenário cada vez mais exigente, a busca por inovação e produtividade se elevou a outro patamar. Para tanto, são ao menos 5 as dimensões tratadas: produtos e serviços, processos, organização, sistema de informação e capital humano, sendo que as pessoas são absolutamente essenciais para a geração de valor.
O conceito de liderança não só acompanhou essas transformações como foi expandido, deixando de ser representado apenas pelo gestor. Agora, cada profissional deve desenvolver a autoliderança, seja com a intenção de conseguir uma promoção, um novo emprego, uma recolocação ou promover a ampliação do próprio negócio. O líder de si mesmo define objetivos, pratica a autocrítica construtiva, assume responsabilidades e abraça suas decisões, tudo isso sem desrespeitar as opiniões alheias. Está se perguntando como é possível? Simples: explorando suas potencialidades por meio da inteligência emocional e da autoconfiança!
Por tudo isso e muito mais é que se torna primordial fortalecer a autoliderança. Afinal de contas, com essa capacidade, o profissional passa a ser mais independente e dedicado, abandonando de uma vez o desânimo, a hesitação e a covardia. Dessa forma, o sucesso não tem outra opção a não ser se aproximar. Mas atenção: nesse ponto, é preciso lembrar que o conceito de sucessovaria de acordo com experiências, crenças e expectativas de cada um. De toda forma, mais uma vez, o autoconhecimento e a autoconsciência são determinantes para o correto entendimento do dito sucesso, seja ele pessoal ou profissional.

Como desenvolvê-la?

O desenvolvimento da autoliderança é um processo de aprendizado apoiado em diversas etapas que devem ser continuamente repetidas. Confira agora os principais passos para se tornar um líder de si mesmo:

Invista no autoconhecimento

O autoconhecimento é um dos componentes mais básicos da autoliderança. Afinal, identificar quaisquer fatores internos que inibam o crescimento é fundamental para eliminar tais deficiências, sejam elas quais forem. Nesse ponto, é preciso reconhecer bloqueios, forças e fraquezas, para então definir uma outra direção que leve a realizações e conquistas. O coaching pode ser um grande aliado nessa fase, sabia? Isso porque se configura como uma importante ferramenta de autoavaliação, colaborando (e muito) para a criação de metas e planejamentos ao mesmo tempo assertivos e desafiadores.

Trabalhe com feedbacks

feedback também é bastante útil para que o profissional construa uma visão mais realista de si mesmo. Saber como comportamentos e atitudes são percebidos pelos demais é essencial para fazer uma análise mais completa do cenário. Já percebeu como, muitas vezes, há uma imensa distância entre nossas intenções e a maneira como os outros assimilam nossas ações? E esse gap só prejudica os relacionamentos e a imagem do profissional. Tudo bem que pode não ser fácil compreender alguns feedbacks, mas também nessas horas é preciso ter em mente que a forma como se é visto pelos colegas, parceiros e gestores influencia diretamente a evolução da carreira e a conquista de oportunidades.

Analise as circunstâncias

Onde estou? Por mais que essa pergunta pareça ser simples demais, deve ser constantemente refeita, em diferentes momentos da vida. Isso porque sua resposta exige um alto grau de consciência sobre todo o contexto, incluindo possibilidades, opções, dedicação e empenho. É a hora de analisar suas conquistas e frustrações, além de pensar sobre a participação de outras pessoas nesse cenário. Afinal, família, amigos, colegas de trabalho e gestores sempre exercem algum tipo de influência sobre nossas resoluções, não é mesmo?

Planeje o futuro

Mas tão importante quanto saber onde você está é entender para onde quer ir. Assim, é preciso construir uma espécie de mapa mental com seus objetivos, elaborando um planejamento detalhado que englobe tanto ações como prazos para sua execução. Esse planejamento funcionará como referência para o profissional atingir seus objetivos. Vale ressaltar que tais objetivos, assim como o planejamento e seus respectivos prazos devem ser definidos com clareza e convicção, já que indecisões e incertezas são inimigas da autoliderança.

Repense alguns conceitos

A autoliderança também exige liberdade de escolha. Para tanto, é fundamental repensar antigos conceitos e eliminar paradigmas obsoletos. Como a sociedade está em constante transformação, é mais que necessário compreender o quanto antes suas mudanças e absorver o que houver de bom nessa metamorfose. Não se esqueça que, por mais que o autoliderado seja autêntico e fiel a seus princípios, está sempre reinventando suas competências e atualizando suas opiniões.

Aposte no aprendizado

O aprendizado contínuo faz parte do processo de autoconhecimento e, consequentemente, da autoliderança. Por isso, é preciso buscar incessantemente o amadurecimento e o aprimoramento tanto pessoal como profissional. Aprender mais sobre si mesmo, corrigir falhas, mudar comportamentos e interpretar emoções formam uma postura que sustenta a automotivação e o processo de tomada de decisões.

Assuma a responsabilidade

É fato: a autoliderança está intimamente relacionada à responsabilidade. Ao contrário do que muitos profissionais acreditam ao considerarem as obrigações como pesos, a verdade é que a responsabilidade deve ser encarada como um compromisso voltado a valores e objetivos. A autoliderança envolve assumir a responsabilidade por si mesmo, suas ações e escolhas, tomando as rédeas da própria vida.

Reforce a disciplina

Sem disciplina é praticamente impossível alcançar os objetivos e chegar ao tão desejado sucesso. Por essas e outras, faz-se necessário reforçar hábitos positivos, estabelecer agendas e programações, evitar a procrastinação, obedecer ao planejamento, gerenciar o tempo e se dedicar a autodesenvolvimento com força máxima.

Identifique os bloqueios

Também é importante identificar bloqueios que atrasam ou mesmo impedem os avanços. Nesse caso, é preciso avaliar diversos itens, desde a necessidade de novos conhecimentos técnicos até barreiras emocionais criadas ao longo do tempo. Na prática, tanto o coaching como a Psicologia podem ajudar bastante nesse reconhecimento. Para superar esses bloqueios, uma boa dose de perseverança e coragem cai muito bem, rompendo com padrões de comportamentos e atitudes atuais para abrir espaço para a adoção de uma nova postura. Só assim é possível avançar para as próximas etapas do processo.

Quais são os desafios?

Por mais que liderar equipes não seja tarefa simples, não existe dificuldade maior que liderar a si mesmo. Isso acontece porque a autoliderança exige muito equilíbrio, determinação e disciplina, com os percalços começando já na própria natureza humana, que é cheia de resistências e vaidades. E os desafios se iniciam com a necessidade de romper a visão distorcida que normalmente se tem de si mesmo. Na maioria das vezes, afinal, simplesmente não somos o que pensamos ser. Em diversas situações, a percepção dos demais é completamente diferente daquilo que imaginamos ou desejamos. Isso se dá por não sermos suficientemente capazes de formular críticas sobre nós mesmos.
Na verdade, o ser humano tem a tendência de julgar os outros por suas ações, mas julgar a si próprio pelas intenções. Desse modo, os propósitos são empregados como justificativa para os erros, tentando amenizar os prejuízos. E aí está mais uma prova de que a jornada do aprendizado e da autoliderança deve começar pelo interior, pelo reconhecimento de suas limitações e uma análise honesta da própria postura. E para que essa avaliação seja realmente livre de conceitos preestabelecidos, é preciso ter humildade e empatia, além de uma vontade sincera de progredir.

E as habilidades necessárias?

Para desenvolver a autoliderança, é preciso trabalhar diversas habilidades, a começar pela organização e pela disciplina, essenciais principalmente no que se refere à execução correta do planejamento. Nesse sentido, é importante cuidar bem da gestão do tempo, definindo prioridades, preparando listas de atividades e controlando as pendências. Da mesma forma, a capacidade de traçar estratégias também é fundamental. Não se esqueça de que um bom plano de carreira é indispensável para uma trajetória bem-sucedida, bem como visão abrangente e flexível sobre oportunidades e alternativas.
Saber avaliar adequadamente os resultados obtidos e, então, alterar o próprio planejamento, corrigindo desvios e reforçando o foco nos objetivos previamente definidos, também é importante. Nesse caso, a adaptabilidade se faz extremamente necessária para que o profissional consiga enxergar novas possibilidades, reconhecendo demandas e, claro, adequando-se às variações de mercado. A resiliência e a persistência também devem fazer parte do perfil do autoliderado, já que sempre surgem muitas negativas no meio do caminho, exigindo força para manter seus ideais.

Como se autoliderar na prática?

Para colocar em prática a autoliderança, o profissional deve alinhar comportamentos e atitudes com seu plano de crescimento. Nesse caminho, certas mudanças são até simples, enquanto outras demandam um pouco mais. O segredo está em sempre insistir no aperfeiçoamento, no aprendizado e no desenvolvimento. Dicas cairiam bem? Então confira o que preparamos aqui e aprenda a exercer a autoliderança:

Busque a autoconsciência

O profissional só conseguirá liderar a si mesmo se compreender quais fatores geram motivação, provocam bloqueios internos, disparam emoções e, principalmente, que valores o colocam em movimento. Essa autoconsciência é essencial para a implementação efetiva da liderança baseada na realidade e destinada a suprir deficiências e potencializar talentos.

Seja um protagonista

Na verdade, o profissional deve compreender que é o único que responsável por sua vida e carreira. Assim, de nada adianta culpar a empresa, o gestor ou o mercado pelos fracassos e decepções do percurso. É preciso ser protagonista, tomando a frente, correndo riscos e trabalhando ativamente para atingir seus objetivos pessoais e profissionais.

Suporte os julgamentos

Por mais que se tornar um autoliderado traga muitos ganhos, também gera algumas perdas. E uma delas se vê pelo julgamento alheio ao adotar uma postura diferenciada, distante do comodismo e da mediocridade. Nesses momentos, esforce-se para manter a convicção e a firmeza em seus propósitos, independentemente de opiniões adversas.

Conheça o ambiente

É fundamental compreender a estratégia da empresa para o futuro, pois esse entendimento ajudará a definir as metas e a elaborar o plano de carreira, de modo a aproximar as expectativasdo profissional às da empresa. No caso dos empresários, já que a carreira e o empreendimento acabam se misturando, a estratégia do negócio precisa estar em sintonia com suas ambições, suas prioridades e seus valores pessoais.

Fortaleça os relacionamentos

As relações de confiança são necessárias não só para exercitar a empatia e a persuasão, mas para aumentar a energia emocional. Isso sem contar que a comunicação interpessoal, a socialização e o trabalho em equipe também são imprescindíveis para o crescimento profissional.

Defina suas metas

Com base no autoconhecimento e na autoconsciência, o profissional deve estabelecer metas, necessárias para definir o planejamento e posteriormente criar uma linha de atuação. Pode-se mirar em uma promoção, um novo desafio ou um negócio próprio: o importante é que a meta seja ao mesmo tempo factível e desafiadora. Só não se esqueça de revisar essas metas com alguma frequência, afinal, com o passar do tempo, é mais que normal que as posições do ranking de prioridades mudem, assim como podem surgir propostas inesperadas, mudanças no cenário econômico e novas alternativas de mercado.

Faça um planejamento

Depois de definir as metas, é hora de partir para um projeto de carreira. Nessa fase, é preciso definir ações e prazos que orientem o profissional. Cursos de especialização, graduação, pós-graduação e idiomas devem ser considerados, bem como novas vivências que possam colaborar para o amadurecimento e a ampliação do networking. Experiências internacionais, voluntariado e participação em grupos de estudo são apenas alguns exemplos de iniciativas que promovem outros contatos e estimulam emoções e reações diferentes.

Desenvolva a inteligência emocional

A inteligência emocional e o autocontrole são sempre muito exigidos no dia a dia de qualquer profissional. Isso porque é essencial saber lidar tanto com as próprias emoções como também com as emoções alheias, sempre com sensatez e eficiência para criar a estabilidade necessária. Assim é possível evitar variações emocionais bruscas, sentimentos de derrota, conflitos e desinteresse. O equilíbrio, a coerência e a ponderação são elementos primordiais à autoliderança.

Mantenha a organização

Uma vez que a produtividade depende da organização, procure estruturar melhor sua rotina de trabalho e de estudo, eliminando pendências, criando cronogramas e agindo com assertividade. Para tanto, você pode utilizar algumas metodologias específicas, como o Getting Things Done (GTD), que ajuda a criar uma rotina sistematizada a fim de avaliar as novas demandas e ordenar as tarefas. Já o método de Pomodoro permite um gerenciamento mais efetivo do tempo, evitando distrações.

Alimente a automotivação

A automotivação é um componente necessário à autoliderança, constituindo a dose de energia que nos tira da estagnação. Quando essa energia é interna, o profissional se torna mais produtivo, engajado e comprometido com seus objetivos e ideais. Por outro lado, a falta de motivação provoca apatia, abatimento e desapontamento, sufocando potenciais. A automotivação deve, portanto, ser alimentada constantemente e de diversas formas, seja pela confirmação dos valores pessoais, pela revisão das prioridades, pelo foco no aprendizado ou pela comemoração tanto de pequenas como de grandes conquistas.

Elimine os sabotadores

Para ser líder de sim mesmo, o profissional deve identificar e procurar eliminar os sabotadores inconscientes, internos e externos. Dentre os inconscientes estão o medo do fracasso, a insegurança, a resistência às mudanças e as incertezas em relação ao próprio talento e competência. Os internos mais nocivos são a preguiça, a prostração, a hesitação e o comodismo. E dentre os sabotadores externos estão os outros profissionais (colegas, subordinados ou gestores) que transmitem negatividade e pessimismo. Para não correr o risco de simplesmente não enxergar os danos provocados por esses comportamentos é que se faz necessário desenvolver a autoconsciência.
E atenção: para aqueles que já são gestores, a autoliderança ganha ainda mais importância. Nesse caso, é preciso investir também na delegação, na meritocracia, nos feedbacks e em uma gestão mais próxima, colaborativa e humanizada. É importante manter o foco no capital humano e conduzir os liderados no processo de aprendizado e desenvolvimento. E é nesse cenário que a liderança servidora tem conquistado espaço, uma vez que abrange uma série de posturas destinadas justamente ao crescimento dos profissionais.
A verdade é que não existe uma receita única para garantir uma trajetória de sucesso. Há, entretanto, atitudes e comportamentos capazes de favorecer o crescimento profissional e a conquista de novas oportunidades. O primeiro passo desse processo envolve a busca por autoconhecimento e autoconsciência. Reconhecer os próprios talentos, as ambições, preferências, motivações e restrições é fundamental para a definição de um plano de carreira. Aí entram as metas e os prazos, devidamente fundamentados em crenças e valores pessoais. E para executar todo esse planejamento com eficiência, a autoliderança passa a ser um grande diferencial.
É importante lembrar, por fim, que tanto no âmbito pessoal como no profissional, é preciso compreender e considerar todas as mudanças vividas pela sociedade e pelo mercado de trabalho. Afinal, novas profissões e áreas de conhecimento surgem com uma velocidade espantosa, incentivadas pelas modificações percebidas nas prioridades e necessidades das pessoas. Por isso, é essencial contar também com a flexibilidade e a adaptabilidade, complementando a autoliderança com chave de ouro, de forma a garantir assim uma trajetória de sucesso.

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