terça-feira, 3 de maio de 2016

Sabotadores: eles estão prontos para destruir sua liderança na empresa

sabotadores
Pequenos vícios, pensamentos negativos, comportamentos covardes e atitudes restritivas têm o poder de destruir carreiras, relacionamentos e negócios, além de limitar a felicidade, o bem-estar e a satisfação pessoal. Sabia que existem sabotadores internos e externos? Por isso, é preciso reconhecer e aprender a lidar não só com as próprias deficiências como também com a postura de colegas, amigos, gestores e subordinados.
Internamente, todos carregamos forças sabotadoras (muitas vezes, ocultas), que são capazes de nos manter presos a velhos hábitos e conceitos, impossibilitando mudanças verdadeiramente positivas. São sabotadores subconscientes, que surgem na forma de resistência, medo e dúvida, durante o processo de aprendizado e evolução. Mas é possível, sim, restabelecer o equilíbrio, eliminando a confusão, definindo metas e mantendo o foco. Para tanto, é fundamental controlar os sentimentos para administrar desafios e obstáculos de maneira tranquila e otimista. Quer saber como? Então fique de olho:

Os três maiores sabotadores subconscientes

Os sabotadores subconscientes minam a autoconfiança, a motivação e o poder de realização. E como, para lidar com tudo isso, o primeiro passo consiste em identificar os sabotadores que o fazem refém, a fim de trazer à tona todos as fraquezas que precisam ser analisadas e resolvidas, você deve, claro, conhecê-los. Assim será possível conquistar a estabilidade emocional e a força interna, elaborando um plano de ação para eliminar esses sabotadores da liderança na empresa.
Melhor manter os inimigos ainda mais perto que os amigos, certo? Então conheça agora mesmo os três maiores sabotadores ocultos que eventualmente poderá ter que enfrentar:

Medo

O medo do desconhecido, do risco, do novo, do arrependimento e de prejudicar a carreira: essas são apenas algumas situações que causam um certo pânico, acovardando os profissionais e os tornando inexpressivos.

Resistência

A resistência à mudança e à adoção de novas rotinas, desistindo de comportamentos antigos, pode provocar a estagnação e a obsolescência. É preciso lembrar, nesse contexto, que o mundo se movimenta a uma velocidade incrível e que tudo está em transição. Por essas e outras, é essencial desenvolver a flexibilidade e a adaptabilidade.

Dúvida

As dúvidas sobre a própria capacidade, a competência e a habilidade tanto para realizar as tarefas do dia a dia quanto para gerenciar a equipe impactam diretamente na autoestima. Além disso, enfraquecem o entusiasmo e colocam o profissional no papel de coadjuvante de sua própria carreira!

Os hábitos comuns de quem se deixa levar

Algumas características e diversos comportamentos são típicos de profissionais que se deixam levar pelos sabotadores. Confira esses hábitos e faça uma autoavaliação já:

Sofrem de falta propósito

Por mais que esses profissionais estejam sempre com a agenda tomada, preocupados e ansiosos, não costuma haver um propósito. Tarefas, urgências e conflitos são apenas administrados e não fazem parte de um objetivo maior. É importante lembrar que a liderança depende muito do exemplo, de modo que um gestor sem propósito não é realmente capaz de engajar e inspirar seus liderados.

Negligenciam o planejamento

São movidos pelas emergências e pelos impulsos, negligenciando o planejamento e o estudo das demandas, possibilidades e consequências. Essa postura impede o desenvolvimento de uma gestão inteligente, enxuta e direcionada às necessidades corporativas. E nas poucas ocasiões em que estão envolvidos em um planejamento, são incapazes de obedecê-lo, preferindo criar novas estratégias a cada dificuldade. Assim, o imediatismo e a superficialidade se tornam frequentes, limitando a performance da equipe. Esse hábito também traz prejuízos para a imagem desse gestor, que perde credibilidade perante os liderados e a empresa.

São bastante dispersos

A dispersão também é uma caraterística marcante desses profissionais, bem como a falta de habilidade de dosar a própria energia e motivação. Começam vários projetos e nunca terminam, abandonam tarefas, procrastinam, não se comprometem verdadeiramente, têm dificuldades para cumprir os prazos, definir prioridades e manter o foco nos resultados. O quase gera a ilusão de sucesso pelo fato de terem chegado perto do objetivo, apesar da tentativa fracassada.

Buscam soluções mágicas

A busca por soluções mágicas está baseada no imediatismo e na superficialidade das análises. Esses profissionais não conseguem manter a disciplina e a dedicação durante um projeto para que os resultados sejam possíveis. E a verdade é que essa postura é ineficaz, utópica e infantil. Por isso surge a necessidade de desenvolver competências fundamentais à liderança na empresa, tais como maturidade, organização, visão do negócio e capacidade de planejamento.

São muito volúveis

Como não demonstram firmeza em suas ideias e crenças, qualquer contratempo acaba sendo motivo suficiente para não cumprir com os acordos previamente estabelecidos. Esse é um padrão dos sabotadores de si mesmos que se baseia na insegurança e na indefinição, prejudicando também a reputação desses profissionais.

O enfrentamento aos sabotadores internos

Depois de uma cuidadosa autoavaliação, é possível concluir se realmente existem sabotadores inconscientes em sua vida e carreira. A partir desse momento, faz-se necessário um esforço adicional para identificar conflitos internos, negações, aflições e também ambições. Com essa análise, torna-se possível definir prioridades e manter o foco em ações e comportamentos que permitam atingir as próprias metas. Nessa fase, é essencial aprender a decidir e a realizar, sem adiamentos ou desculpas.
Nesse cenário, o coaching se mostra como uma excelente ferramenta para o gestor que busca o autoconhecimento, o amadurecimento e o equilíbrio emocional. Serve também para a criação de um plano de carreira dinâmico e eficiente, capaz de guiar o profissional rumo ao sucesso. É importante lembrar que atitude, perseverança, resiliência e coragem são caraterísticas que fazem parte do perfil dos líderes e, por isso, devem ser trabalhadas. Essa transformação é, na verdade, um processo contínuo de aprendizado.

Os sabotadores externos

Mas existem ainda os sabotadores externos, também chamados de intoxicadores! São pessoas negativas, que acabam transferindo essa negatividade para o ambiente e para todos que estão à sua volta. Podem ser familiares, colegas de trabalho, subordinados ou superiores que, muitas vezes, também não reconhecem os danos causados por uma postura viciada e uma visão limitada do mundo. As personalidades mais comuns são:

O invejoso

A inveja nasce da arrogância, da prepotência e do egoísmo. É um sentimento destrutivo, que se baseia também em uma análise superdimensionada da própria competência. O invejoso se acha sempre injustiçado e preterido. Nesse contexto, surgem a calúnia, os julgamentos, os motins e os conflitos, extremamente prejudiciais à qualidade do clima organizacional e à produtividade das equipes.

O crítico

O objetivo desse grande sabotador é fazer com que os demais se sintam desqualificados e despreparados para novas oportunidades de crescimento. Na verdade, são profissionais inseguros e imaturos, além de negativamente reativos às conquistas alheias.

O fofoqueiro

A fofoca é sempre muito nociva ao ambiente corporativo. E o pior é que boatos e rumores ganham força entre os profissionais invejosos e desqualificadores, sempre com a finalidade de promover a discórdia e o desentendimento.

O chefe

Os profissionais com perfil de chefe (e não de líder) são centralizadores, individualistas e autoritários. Comandam as equipes por meio de ordens e imposições, restringindo a participação e a criatividade dos profissionais. Também não sabem ouvir e criticam qualquer tentativa de aproximação dos liderados. Esse chefe possui deficiências comportamentais, o que dificulta os relacionamentos e prejudica o próprio equilíbrio emocional diante das pressões no trabalho.
Para lidar com todas essas personalidades intoxicadoras e exercer a liderança na empresa, é preciso buscar o autoconhecimento e prestar atenção a feedbacks reais. Bom humor, humildade, empatia, ética e poder de persuasão são caraterísticas importantes. É essencial também se libertar da própria negatividade, dos maus pensamentos e dos conceitos pré-formatados.
O gestor deve cuidar para não se transformar em um chefe tóxico, ainda compreendendo que toda equipe pode ter personalidades sabotadoras. Como líder, é importante conhecer esses profissionais e entender as razões de seu comportamento. Assim é possível administrar melhor as habilidades, expectativas, preferências e valores pessoais de cada um, o que permite uma gestão mais humanizada e eficaz, com foco em pessoas e em resultados.
Quer saber mais sobre liderança? Então leia também por que você deve ser um líder de si mesmo antes de liderar outros!
Fonte: mai 3,2016 / Por

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