Pequenos vícios, pensamentos
negativos, comportamentos covardes e atitudes restritivas têm o poder de
destruir carreiras, relacionamentos e negócios, além de limitar a
felicidade, o bem-estar e a satisfação pessoal. Sabia que existem
sabotadores internos e externos? Por isso, é preciso reconhecer e
aprender a lidar não só com as próprias deficiências como também com a
postura de colegas, amigos, gestores e subordinados.
Internamente, todos carregamos forças
sabotadoras (muitas vezes, ocultas), que são capazes de nos manter
presos a velhos hábitos e conceitos, impossibilitando mudanças
verdadeiramente positivas. São sabotadores subconscientes, que surgem na
forma de resistência, medo e dúvida, durante o processo de aprendizado e
evolução. Mas é possível, sim, restabelecer o equilíbrio, eliminando a
confusão, definindo metas e mantendo o foco. Para tanto, é fundamental
controlar os sentimentos para administrar desafios e obstáculos de
maneira tranquila e otimista. Quer saber como? Então fique de olho:
Os três maiores sabotadores subconscientes
Os sabotadores subconscientes minam a
autoconfiança, a motivação e o poder de realização. E como, para lidar
com tudo isso, o primeiro passo consiste em identificar os sabotadores
que o fazem refém, a fim de trazer à tona todos as fraquezas que
precisam ser analisadas e resolvidas, você deve, claro, conhecê-los.
Assim será possível conquistar a estabilidade emocional e a força
interna, elaborando um plano de ação para eliminar esses sabotadores da liderança na empresa.
Melhor manter os inimigos ainda mais
perto que os amigos, certo? Então conheça agora mesmo os três maiores
sabotadores ocultos que eventualmente poderá ter que enfrentar:
Medo
O medo do desconhecido, do risco, do
novo, do arrependimento e de prejudicar a carreira: essas são apenas
algumas situações que causam um certo pânico, acovardando os
profissionais e os tornando inexpressivos.
Resistência
A resistência à mudança e à adoção de
novas rotinas, desistindo de comportamentos antigos, pode provocar a
estagnação e a obsolescência. É preciso lembrar, nesse contexto, que o
mundo se movimenta a uma velocidade incrível e que tudo está em
transição. Por essas e outras, é essencial desenvolver a flexibilidade e
a adaptabilidade.
Dúvida
As dúvidas sobre a própria capacidade, a
competência e a habilidade tanto para realizar as tarefas do dia a dia
quanto para gerenciar a equipe impactam diretamente na autoestima. Além
disso, enfraquecem o entusiasmo e colocam o profissional no papel de
coadjuvante de sua própria carreira!
Os hábitos comuns de quem se deixa levar
Algumas características e diversos
comportamentos são típicos de profissionais que se deixam levar pelos
sabotadores. Confira esses hábitos e faça uma autoavaliação já:
Sofrem de falta propósito
Por mais que esses profissionais estejam
sempre com a agenda tomada, preocupados e ansiosos, não costuma haver
um propósito. Tarefas, urgências e conflitos são apenas administrados e
não fazem parte de um objetivo maior. É importante lembrar que a
liderança depende muito do exemplo, de modo que um gestor sem propósito
não é realmente capaz de engajar e inspirar seus liderados.
Negligenciam o planejamento
São movidos pelas emergências e pelos
impulsos, negligenciando o planejamento e o estudo das demandas,
possibilidades e consequências. Essa postura impede o desenvolvimento de
uma gestão inteligente, enxuta e direcionada às necessidades
corporativas. E nas poucas ocasiões em que estão envolvidos em um
planejamento, são incapazes de obedecê-lo, preferindo criar novas
estratégias a cada dificuldade. Assim, o imediatismo e a
superficialidade se tornam frequentes, limitando a performance da
equipe. Esse hábito também traz prejuízos para a imagem desse gestor,
que perde credibilidade perante os liderados e a empresa.
São bastante dispersos
A dispersão também é uma caraterística
marcante desses profissionais, bem como a falta de habilidade de dosar a
própria energia e motivação. Começam vários projetos e nunca terminam,
abandonam tarefas, procrastinam, não se comprometem verdadeiramente, têm
dificuldades para cumprir os prazos, definir prioridades e manter o
foco nos resultados. O quase gera a ilusão de sucesso pelo fato de terem chegado perto do objetivo, apesar da tentativa fracassada.
Buscam soluções mágicas
A busca por soluções mágicas está
baseada no imediatismo e na superficialidade das análises. Esses
profissionais não conseguem manter a disciplina e a dedicação durante um
projeto para que os resultados sejam possíveis. E a verdade é que essa
postura é ineficaz, utópica e infantil. Por isso surge a necessidade de
desenvolver competências fundamentais à liderança na empresa, tais como
maturidade, organização, visão do negócio e capacidade de planejamento.
São muito volúveis
Como não demonstram firmeza em suas
ideias e crenças, qualquer contratempo acaba sendo motivo suficiente
para não cumprir com os acordos previamente estabelecidos. Esse é um
padrão dos sabotadores de si mesmos que se baseia na insegurança e na
indefinição, prejudicando também a reputação desses profissionais.
O enfrentamento aos sabotadores internos
Depois de uma cuidadosa autoavaliação, é
possível concluir se realmente existem sabotadores inconscientes em sua
vida e carreira. A partir desse momento, faz-se necessário um esforço
adicional para identificar conflitos internos, negações, aflições e
também ambições. Com essa análise, torna-se possível definir prioridades
e manter o foco em ações e comportamentos que permitam atingir as
próprias metas. Nessa fase, é essencial aprender a decidir e a realizar,
sem adiamentos ou desculpas.
Nesse cenário, o coaching se mostra como
uma excelente ferramenta para o gestor que busca o autoconhecimento, o
amadurecimento e o equilíbrio emocional. Serve também para a criação de
um plano de carreira dinâmico e eficiente, capaz de guiar o profissional
rumo ao sucesso. É importante lembrar que atitude, perseverança,
resiliência e coragem são caraterísticas que fazem parte do perfil dos
líderes e, por isso, devem ser trabalhadas. Essa transformação é, na
verdade, um processo contínuo de aprendizado.
Os sabotadores externos
Mas existem ainda os sabotadores
externos, também chamados de intoxicadores! São pessoas negativas, que
acabam transferindo essa negatividade para o ambiente e para todos que
estão à sua volta. Podem ser familiares, colegas de trabalho,
subordinados ou superiores que, muitas vezes, também não reconhecem os
danos causados por uma postura viciada e uma visão limitada do mundo. As
personalidades mais comuns são:
O invejoso
A inveja nasce da arrogância, da
prepotência e do egoísmo. É um sentimento destrutivo, que se baseia
também em uma análise superdimensionada da própria competência. O
invejoso se acha sempre injustiçado e preterido. Nesse contexto, surgem a
calúnia, os julgamentos, os motins e os conflitos, extremamente
prejudiciais à qualidade do clima organizacional e à produtividade das
equipes.
O crítico
O objetivo desse grande sabotador é
fazer com que os demais se sintam desqualificados e despreparados para
novas oportunidades de crescimento. Na verdade, são profissionais
inseguros e imaturos, além de negativamente reativos às conquistas
alheias.
O fofoqueiro
A fofoca é sempre muito nociva ao
ambiente corporativo. E o pior é que boatos e rumores ganham força entre
os profissionais invejosos e desqualificadores, sempre com a finalidade
de promover a discórdia e o desentendimento.
O chefe
Os profissionais com perfil de chefe (e não de líder)
são centralizadores, individualistas e autoritários. Comandam as
equipes por meio de ordens e imposições, restringindo a participação e a
criatividade dos profissionais. Também não sabem ouvir e criticam
qualquer tentativa de aproximação dos liderados. Esse chefe possui
deficiências comportamentais, o que dificulta os relacionamentos e
prejudica o próprio equilíbrio emocional diante das pressões no trabalho.
Para lidar com todas essas
personalidades intoxicadoras e exercer a liderança na empresa, é preciso
buscar o autoconhecimento e prestar atenção a feedbacks reais. Bom
humor, humildade, empatia, ética e poder de persuasão são
caraterísticas importantes. É essencial também se libertar da própria
negatividade, dos maus pensamentos e dos conceitos pré-formatados.
O gestor deve cuidar para não se
transformar em um chefe tóxico, ainda compreendendo que toda equipe pode
ter personalidades sabotadoras. Como líder, é importante conhecer esses
profissionais e entender as razões de seu comportamento. Assim é
possível administrar melhor as habilidades, expectativas, preferências e
valores pessoais de cada um, o que permite uma gestão mais humanizada e
eficaz, com foco em pessoas e em resultados.
Quer saber mais sobre liderança? Então leia também por que você deve ser um líder de si mesmo antes de liderar outros!
Fonte: mai 3,2016 / Por Redação O Monge e o Executivo
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