Empresários e gestores
reconhecem os impactos causados pelos diferentes estilos de liderança,
tanto na motivação quanto na produtividade das equipes. Essas variações
acontecem devido a diversos aspectos, como por exemplo, personalidade,
modelo mental, preferências, ambições, experiências e valores pessoais.
Em alguns casos o tipo de liderança pode ser negativo. Entretanto,
alguns padrões de gestão apresentam resultados mais consistentes e
sustentáveis, de acordo com peculiaridades, características e demandas
do negócio.
É preciso considerar que o capital
humano deve ser um dos elementos mais importantes na estratégia de
qualquer empresa, por isso, há a necessidade de compreender os tipos de
líderes mais comuns, suas características e aptidões específicas.
Através desta avaliação, o líder consegue perceber qual o seu perfil e
então, deve agir para o próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento
profissional.
O estilo de liderança pode influenciar
positiva ou negativamente, a carreira do líder, tanto no ambiente
corporativo, como principalmente, na trajetória como empreendedor.
Conheça agora os tipos de liderança que
devem ser evitados, para otimizar gestão de seus recursos humanos e
resultados financeiros.
1. Autocrático
O líder autocrático centraliza todo o
poder de decisão. Conduz a equipe com vigor, mas não valoriza as
competências, talentos e o empenho individuais. Não se dedica a ouvir
sugestões ou novas ideias, e assim, limita a participação dos
colaboradores. A falta de delegação causa sobrecarga, e muitas vezes o
impede de os objetivos planejados, atrofiando as potencialidades do
time, fazendo com que sempre haja uma grande dependência da figura
central. Deste modo, iniciativa, proatividade e inovação não fazem parte
do cotidiano desta empresa.
2. Coercitivo
O coercitivo impõe a hierarquia e cobra
obediência de todos. É individualista, inflexível, crítico e opressor.
Porém, esse perfil reflete uma grande incapacidade de construir relacionamentos
produtivos. Assim, mantem o foco exclusivamente nos indicadores e exige
o cumprimento das metas, sem atuar verdadeiramente junto a equipe. Essa
gestão, baseada em ameaças já se mostrou ineficaz, uma vez que falha em
conquistar engajamento e reter bons profissionais.
3. Workaholic
O líder workaholic é viciado em trabalho
e espera a mesma postura de suas equipes. Em linhas gerais, não
respeita horários e reclama total dedicação dos colaboradores. Costuma
extrapolar o conceito de comprometimento, gerando demandas
constantemente. Também é um estilo de liderança com foco exclusivo em
resultados, desconsiderando a importância de uma gestão humanizada.
4. Exigente
O exigente é extremamente detalhista,
observador e analítico, pois acredita que a excelência é essencial em
qualquer tarefa. Contudo, centraliza as decisões e não abre espaço para a
colaboração. É orientado ao microgerenciamento,
apegando-se às minúcias todas as etapas dos processos. Desta forma, não
consegue ter uma visão mais abrangente do negócio e da própria equipe, o
que prejudica a obtenção de resultados maiores e mais estratégicos.
5. Autoritário
Entre os tipos de líderes nocivos, surge
o autoritário, mais conhecido como o chefe tradicional. Prefere manter
certa distância da equipe, o que dificulta a criação de uma relação de
confiança e respeito. Comanda através de ordens, com firmeza e certa
agressividade, podendo transmitir força e autoconfiança, mas também
reações prejudiciais por parte de seus colaboradores. Faz duras críticas
aos profissionais que não apresentam alto desempenho.
Também não se dedica a aspectos relacionados a gestão de pessoas, como
desenvolvimento de um plano de carreira, adoção de feedbacks
estruturados, além do planejamento de treinamento e capacitação.
6. Especialista
O especialista construiu a carreira
através de seu conhecimento técnico, especializações e know-how. Assim, é
bastante útil no dia a dia da empresa e colabora para a solução de
problemas pontuais e específicos. Entretanto, muitas vezes, não investe
em outros aprendizados, descuidando de habilidades importantes,
gerenciais e comportamentais, exigidas na condução de equipes e de
negócios. Neste caso, é fundamental balancear as competências de
especialista e de líder, de modo a se tornar também um generalista,
pronto para administrar a empresa com eficiência.
7. Liberal
O liberal baseia a sua liderança na
maturidade das equipes, de modo a permitir uma autogestão. Deste modo,
existem mais oportunidades para a inovação, o pensamento criativo e a
colaboração. Entretanto, esse líder pode se tornar negligente e
incompetente, se não conhecer profundamente todos os colaboradores,
identificando os níveis de engajamento e motivação de cada um. A
presença e a atitude do líder são essenciais, principalmente em momentos
críticos, onde são necessárias decisões imediatas e assertivas.
8. Paternal
O paternal constrói laços emocionais com
a equipe, estabelecendo relacionamentos pessoais. Mas esse estilo de
liderança, ao contrário de muitos outros, não está orientado para os
resultados, o que pode ser muito prejudicial aos negócios. Esse líder
tem dificuldades em exigir mais desempenho dos colaboradores, em dar
feedbacks negativos e a cobrar a conquista de metas individuais e
coletivas. Desta forma, a questão paternal atrapalha os julgamentos e as
ações que envolvem o time.
A liderança servidora como alternativa
A liderança servidora é um dos estilos
capazes de produzir mudanças significativas na postura e nos resultados
das equipes. Na verdade, servir aos liderados significa estar disponível
para ouvir, orientar e ajudar. Esse tipo de direção considera uma série
de outras condições, como compartilhar conhecimentos, apoiar o
desenvolvimento e o aprendizado, incentivar o amadurecimento e oferecer
desafios. Para tanto, esse líder precisa trabalhar competências
comportamentais importantes, como a empatia, a humildade, o equilíbrio
emocional e a comunicação interpessoal. Somente assim, é possível
reconhecer as necessidades e talentos dos colaboradores, incentivando o
crescimento e explorando todo o potencial de cada colaborador.
Diferentemente dos outros aqui citados,
uma das principais características do líder servidor é a capacidade de
persuadir e de convencer, sempre através de ideias e questionamentos
positivos, e nunca coagir ou constranger. Assim, a liderança servidora
está baseada na capacidade de influenciar e de fazer com que os
colaboradores pensem, avaliem e criem opiniões. Esse processo transforma
as equipes, tornando-as mais participativas, atuantes e completas,
favorecendo a construção de times de alta performance. Além disso, o
líder servidor é capaz de identificar as reais necessidades do time,
estando apto a atendê-las de forma efetiva.
O princípio desse direcionamento está na
confirmação de que o líder só executa sua verdadeira função, quando
contribui ativamente para o crescimento de seus liderados. Assim, servir
exige algum sacrifício, como deixar de lado vaidades e futilidades, de
modo a estar verdadeiramente pronto para agregar, incentivar e auxiliar
as equipes a atuarem em um outro nível de qualidade e eficiência.
Se identificou com algum destes estilos
de liderança? Que tipo de líder é você? Compartilhe conosco suas
impressões e experiências na condução de equipes de trabalho.
Fonte: ago 11,2015 / Por Redação O Monge e o Executivo / Sem Comentário
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