sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dinheiro e motivação



Na semana passada usei dois mitos gregos para abordar a motivação humana para realizar algo. Será que o dinheiro é capaz de servir como um grande fator motivacional, ou isso não passa de um mito falacioso?
O escritor Richard Dawkins disse no Flip que Michelangelo e Bach trabalhavam por dinheiro. Será que essa era a grande motivação desses homens? Hoje há pesquisas sérias a respeito desse assunto, e vale a pena falar sobre elas.
A primeira deve-se ao psicólogo americano Frederick Herzberg, autor da Teoria dos Dois Fatores, segundo a qual há dois tipos de fatores influenciando a motivação das pessoas: Fatores Motivacionais Propriamente Ditos e Fatores Higiênicos. A diferença é que os motivacionais impulsionam quando estão presentes, e os higiênicos desmotivam quando estão ausentes, mas têm pouco poder motivacional com sua presença. O dinheiro, segundo ele, está nesta categoria. Já, o principal fator motivacional seria a percepção do valor do trabalho, o sentimento de estar fazendo algo útil, importante, belo, pois isso tem imenso impacto positivo na auto-estima das pessoas.
Outro estudo interessante foi feito pelo jornalista americano Mark Albion, que perguntou a 1500 jovens egressos dos principais MBA dos Estados Unidos o que eles fariam agora, depois de formados. 83% disseram que agora iriam, finalmente, ganhar dinheiro. Os outros dezessete por cento relataram que iriam se dedicar a um trabalho em que eles realmente acreditassem e que lhes desse muita satisfação. Após vinte anos, dos 1500, 102 haviam se transformado em milionários e, destes, 101 pertenciam ao grupo dos 17%.
Parece que não dúvidas, pois até a estatística aponta para o sucesso do prazer e da dedicação a uma causa pessoal, e não apenas a uma tarefa obrigatória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário