quinta-feira, 19 de maio de 2016

''Qual seu sobrenome corporativo?"


A empresa não é você e vice e versa!
Nesse exato momento estou sacando um pedaço do saldo do meu FGTS.  Como faz tempo que não tenho carteira assinada pude sacar por inatividade da conta, todavia um de meus antigos empregadores passou por um processo de venda e os dados da conta do fundo x carteira de trabalho estavam inconsistentes.

Sai dessa empresa 13 anos atrás e tive que ligar para lá tentar resolver esse problema. E advinha, fui encaminhado para uma estagiária que supersimpática me avisou que a supervisora dela estava de férias retornando essa semana. Marquei de ir até a empresa no dia de hoje, 11 de Maio.

Reencontrei alguns colegas que ainda estão por lá, outros passaram por mim e não me viram, e olha que estão no meu Facebook!!! A menina, aquela estagiária do RH pediu para eu subir até o andar e estava me esperando na porta do elevador e me levou a sala do departamento e aí tudo ficou interessante...

A tal Supervisora estava em uma ligação, falando com alguém que aquilo não era prioridade dela, que não ia fazer, aquele corporativês sem importância que inclusive já foi tema do nosso mailing: Será que isso realmente importa?

Enquanto a menina explicava para ela minha situação, a mesma falou em voz alta que ia me fazer um favor realizando a anotação em minha carteira que a empresa a partir de 2009 tinha mudado de razão social para a empresa compradora.

Agora o que me deixou chateado e me motivou a escrever sobre isso essa semana foi a atitude da “Supervisora” que ao me entregar a carteira não me cumprimentou, mal olhou para mim e já veio direto falando que isso é o que eles podiam fazer e caso não desse certo eu deveria procurar a empresa que comprou as operações da mesma no Brasil. Empresa essa que tem o RH no interior de São Paulo e da qual nunca fui funcionário.

Cumprimentei elas e fui acompanhado até o elevador e após alguns minutos estava no banco e ao que tudo indica a situação toda foi resolvida. Todavia essa não foi a primeira vez que vi como o sobrenome corporativo infla o ego das pessoas, eu inclusive já fui assim e não me orgulho disso. Em outra ocasião ouvi de um potencial cliente que ia ter a honra de prestar serviço para uma das maiores empresas logísticas do país e para isso precisa aceitar o preço e os termos de pagamento da mesma.

Amigos mesmo não tendo muitos anos de vida essa lição já aprendi e tenha certeza que hoje você pode ser importante para essa empresa mas quando não for mais, o caminho da rua será inevitável. Ai de João/Maria da empresa XYZ você será apenas o João/Maria e nada mais. E todo mundo vai lembrar o quão babaca você era!!!!

Então seja bacana com as pessoas, você é igual a elas, seu cargo, sua posição, seu status, seus cartões de crédito corporativo não passam de uma grande ilusão.

E para acabar outra grande verdade da vida, esse é um mundo bem pequeno.

Fonte: Almir Neves, Click Conhecimento

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