Para o diretor corporativo da consultoria de Recursos Humanos Arezza, Ararê Patusca, liderança é a habilidade de motivar e influenciar um grupo de pessoas de forma ética e positiva. “É de suma importância que o ‘chefe’ conduza todos para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo, de forma a alcançar os objetivos tanto da equipe como da organização”, afirma.
Por isso, é fundamental estar alinhado e acompanhar as metas do seu time e da organização. Além disso, evitar erros comuns como confundir liderança e gerência também é importante, pois, certas ações, às vezes, podem “colocar tudo a perder”, explica Patusca. Abaixo, você confere uma lista feita pelo especialista com dez atitudes comuns que devem ser evitadas no ambiente corporativo.
1) Evitar vínculo com as pessoas – Não ter a preocupação com o lado humano das pessoas é a principal falha de um líder. É preciso criar laços com os profissionais para compreender o que os motiva. Isso é um trabalho que deve ser feito o tempo todo.
2) Confundir liderança com gerência – Para exercer a liderança, é fundamental envolver todos os colaboradores para atingir o resultado almejado, aplicando motivação, incentivo, apoio e acompanhamento. Ao gerente, cabe a responsabilidade específica de imputar, administrar e cobrar resultados sob as atividades da empresa.
3) Não ser acessível – Engana-se aquele que acha certo ficar isolado numa sala somente delegando as atividades, sem ouvir o que a equipe tem a dizer. Para conseguir os objetivos, é necessário ter vários canais de comunicação, a fim de auxiliar todos nas suas tarefas.
4) Ocultar o desempenho de seus liderados ofuscando a eficácia – O profissional destaca-se por uma tarefa ou propõe uma solução, mas acaba não tendo o reconhecimento pelo seu mérito. Isso demonstra a insegurança do líder ao lidar com o sucesso de outra pessoa. Na verdade, deveria ser ao contrário, já que o bom desempenho da equipe se reflete no trabalho realizado pelo ‘chefe’.
5) Não entender a questão ‘emoção’ – O colaborador é um ser humano que está sujeito a ter problemas. Um líder frio, que não entende esse lado, está fadado ao fracasso. É preciso colocar-se na situação da pessoa para encontrarem, juntos, a melhor solução.
6) Não motivar nem inspirar ou fazer isso de forma equivocada – De nada adianta o coordenador da equipe passar uma imagem nada condizente com a função. Na verdade, o líder deve ser um exemplo para inspirar outras pessoas a seguirem o mesmo caminho.
7) Não ter a percepção do momento em que deve haver mudanças – É comum haver resistência quando há uma alteração, seja ela estratégica, comportamental ou de atitude. Nesse caso, cabe ao líder estimular os funcionários a acreditarem que as mudanças são fundamentais para o crescimento da organização.
8) Desencorajar os outros e não saber correr riscos – Desestimular a equipe é sinônimo de quem não quer jogar para ganhar. O bom líder é aquele que estimula seus funcionários a saírem da zona de conforto para que, juntos, alcancem as metas pretendidas, ainda que isso implique em correr alguns riscos. O ‘pulo do gato’ é saber mensurar e ponderar esses riscos, transformando-os em diferenciais para o sucesso.
9) Promover conflitos ou não saber administrá-los - Provocar a discórdia na equipe significa que haverá falta de sincronismo em torno de um objetivo comum. Nesse caso, cabe ao líder o papel de solucionar os conflitos, desenvolvendo profissionais vencedores e proporcionando um ambiente de trabalho tranquilo e harmonioso.
10) Ser omisso no desenvolvimento do colaborador - Não priorizar as necessidades do liderado como ser humano, não observando suas competências. É preciso entender que estimular a capacitação dos profissionais é essencial para atingir os resultados. Quando um líder tem essa percepção, abre o caminho para lapidar novos talentos e conquistar novos espaços.
As dicas acima são importantes para conduzir uma equipe de sucesso, porém, é preciso adaptá-las conforme as necessidades do ambiente corporativo. “O líder precisa ser humilde, observar, ser verdadeiro consigo mesmo, identificar seus limites e, com ética, superá-los. Liderar não é somente gerenciar, é quase um estado de espírito, é ser compartilhador, transferidor. Liderar é a habilidade de entender e de ser entendido”, ressalta Patusca.
fonte: Publicado em maio|
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