Para competir no Campeonato Brasileiro,
os clubes preparam suas estratégias de deslocamento de acordo com o
cronograma dos jogos e algumas normas estabelecidas pela Confederação
Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com Carlos Garrit, gerente de
futebol do Madureira Esporte Clube, time que está na Série C do
campeonato, a CBF contrata uma agência de viagens para ser responsável
pela logística, organizando os transportes terrestre e aéreo e as
reservas nos hotéis em parceria com os times.
Os times da Série C têm direito a duas diárias em hotel para a delegação, com quatro refeições diárias oferecidas pela CBF.
De acordo com o regulamento do
Brasileirão, os times dessa categoria recebem passagens aéreas para as
delegações, limitadas a 25 pessoas, para as distâncias acima de 700
quilômetros. Para distâncias menores, garantem as passagens rodoviárias
ou o aluguel de ônibus, além das despesas de hospedagem. Segundo Garrit,
o clube se torna responsável pelos gastos apenas se permanecer no hotel
por período maior.
Na Série A, de acordo com Paulo Roberto
Alves, supervisor de futebol do Coritiba Foot Ball Club, a CBF determina
que, para distâncias abaixo de 400 quilômetros, as viagens sejam feitas
de ônibus. Para a elite do Brasileirão, são disponibilizadas 33
passagens e duas diárias em hotel para a delegação, mas as despesas com
alimentação ficam por conta do clube. “No momento em que recebemos as
datas dos jogos, já começamos a planejar tudo, até a última viagem”,
explica Alves. Dependendo da distância, o deslocamento pode ser feito na
véspera do jogo ou ainda no dia anterior, para evitar o desgaste do
jogador. Outro cuidado está na escolha do hotel, entre os credenciados
pela CBF. “Dependendo do atendimento, da alimentação, dos aposentos, da
distância do estádio, mas o principal são a alimentação e o repouso do
jogador”, afirma Alves.
Durante as viagens do Madureira, além
dos cuidados do dia a dia, há outras providências para não desgastar os
jogadores. “De acordo com a distância, usamos a estratégia de chegar
antes, e cuidamos os horários de viagem para evitar que seja durante a
madrugada, para que eles repousem na cama, e não no veículo”, explica
Garrit. A logística para o Brasileirão envolve, também, o transporte de
diversos materiais, desde chinelos e toalhas dos atletas até os
equipamentos de fisioterapeutas, médicos, massagistas e preparadores
físicos. Os materiais são levados em cases especiais, podendo ir no
mesmo voo em que a delegação ou em um furgão contratado pelo clube.
Importante para os clubes em seus
destinos também é o trabalho dos receptivos, ou seja, dos profissionais
de turismo preparados para receber a delegação e ajudar em diversas
situações, pois conhecem bem a região. “Eles têm carro para pegar o
material no aeroporto, levam os atletas para fazer o antidoping, buscam
ingressos”, conta Alves. Para ele, mesmo sendo uma despesa do clube, o
trabalho dos receptivos é fundamental para facilitar o trânsito dentro
das cidades visitadas.
Fonte: http://www.modais.com.br
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