quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Como os clubes organizam a logística para o Brasileirão

Para competir no Campeonato Brasileiro, os clubes preparam suas estratégias de deslocamento de acordo com o cronograma dos jogos e algumas normas estabelecidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com Carlos Garrit, gerente de futebol do Madureira Esporte Clube, time que está na Série C do campeonato, a CBF contrata uma agência de viagens para ser responsável pela logística, organizando os transportes terrestre e aéreo e as reservas nos hotéis em parceria com os times.
Os times da Série C têm direito a duas diárias em hotel para a delegação, com quatro refeições diárias oferecidas pela CBF.
De acordo com o regulamento do Brasileirão, os times dessa categoria recebem passagens aéreas para as delegações, limitadas a 25 pessoas, para as distâncias acima de 700 quilômetros. Para distâncias menores, garantem as passagens rodoviárias ou o aluguel de ônibus, além das despesas de hospedagem. Segundo Garrit, o clube se torna responsável pelos gastos apenas se permanecer no hotel por período maior.
Na Série A, de acordo com Paulo Roberto Alves, supervisor de futebol do Coritiba Foot Ball Club, a CBF determina que, para distâncias abaixo de 400 quilômetros, as viagens sejam feitas de ônibus. Para a elite do Brasileirão, são disponibilizadas 33 passagens e duas diárias em hotel para a delegação, mas as despesas com alimentação ficam por conta do clube. “No momento em que recebemos as datas dos jogos, já começamos a planejar tudo, até a última viagem”, explica Alves. Dependendo da distância, o deslocamento pode ser feito na véspera do jogo ou ainda no dia anterior, para evitar o desgaste do jogador. Outro cuidado está na escolha do hotel, entre os credenciados pela CBF. “Dependendo do atendimento, da alimentação, dos aposentos, da distância do estádio, mas o principal são a alimentação e o repouso do jogador”, afirma Alves.
Durante as viagens do Madureira, além dos cuidados do dia a dia, há outras providências para não desgastar os jogadores. “De acordo com a distância, usamos a estratégia de chegar antes, e cuidamos os horários de viagem para evitar que seja durante a madrugada, para que eles repousem na cama, e não no veículo”, explica Garrit. A logística para o Brasileirão envolve, também, o transporte de diversos materiais, desde chinelos e toalhas dos atletas até os equipamentos de fisioterapeutas, médicos, massagistas e preparadores físicos. Os materiais são levados em cases especiais, podendo ir no mesmo voo em que a delegação ou em um furgão contratado pelo clube.
Importante para os clubes em seus destinos também é o trabalho dos receptivos, ou seja, dos profissionais de turismo preparados para receber a delegação e ajudar em diversas situações, pois conhecem bem a região. “Eles têm carro para pegar o material no aeroporto, levam os atletas para fazer o antidoping, buscam ingressos”, conta Alves. Para ele, mesmo sendo uma despesa do clube, o trabalho dos receptivos é fundamental para facilitar o trânsito dentro das cidades visitadas.
Fonte: http://www.modais.com.br

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