Ao  tratar o tema inteligência analítica, é interessante deixar claro o que  se pensa a respeito e como estão lidando com essa nova visão.
A  inteligência analítica não é uma disciplina isolada para aplicação de  modelos quantitativos ao negócio, ela é uma nova forma de gestão do  negócio, é uma forma de tomar melhores decisões baseadas em análises  extensivas de dados. Ao longo do tempo o mercado presenciou mudanças  importantes nos paradigmas da gestão empresarial, onde pode-se citar  Kaplan e Norton com o balanced scorecard, Kotler com o marketing  integrado e outros pensadores famosos que mudaram a forma de gerir os  negócios. Há quem diga que a “bola da vez” é a inteligência analítica e  uma contribuição importante para o estabelecimento da disciplina e  formalização conceitual foi dada por Thomas Davenport, com o livro  Competição Analítica – Vencendo através da Nova Ciência.
A  figura 1 apresenta uma visão da evolução analítica das empresas,  trajeto que representa o amadurecimento da estrutura na busca por maior  competitividade no seu mercado de atuação.
Figura 1 – Evolução da inteligência analítica nas empresas
Notar  que a pirâmide é dividida em ações reativas e ações pró-ativas,  justamente para indicar a fronteira entre sistemas de BI (business  inteligence) e técnicas de analytics, ou seja, implantar sistemas de BI  não significa ter inteligência analítica. Sistemas de BI são ferramentas  importantes para a agilidade na visualização de informações tratadas,  já a inteligência analítica é formada por um mix de profissionais  qualificados para entender o negócio, definir modelos preditivos e  explicativos e pela mudança cultural na gestão da empresa.
Importante  notar que para utilizar a inteligência analítica e todo o seu  potencial, não bastam ações isoladas nas atividades e nos silos  departamentais. Como os processos de supply chain, a inteligência  analítica (a partir de agora citada como analytics) é um processo de  mudança cultural que envereda por todas as áreas da empresa. Muitas  disciplinas compõem o tema e, dentre as mais utilizadas, observam-se  modelos preditivos e explicativos, simulação de cenários, análises  multivariadas e algoritmos de otimização para minimização de custos e  maximização de receitas e nível de serviço. Ao utilizar analytics nas  empresas procura-se entender o comportamento do negócio, as tendências  que ele apresenta e o que pode ser feito de melhor para aumentar o seu  desempenho. Portanto trata-se de pensar no ótimo global (empresa como um  único organismo) e não no ótimo local (o melhor do departamento). Como  exemplo clássico pode-se pensar na estratégia de estoque vis-a-vis o  custo de vendas perdidas, representada no gráfico abaixo:
Ao  pensar isoladamente em cada um dos custos procurando fazer o seu melhor  (ótimo local), dificilmente chega-se ao ótimo global (linha  pontilhada), identificado através de uma cultura analítica na empresa e  do emprego de técnicas de otimização para determinar o custo ideal entre  os processos.
Com  o mercado proporcionando margens menores aos empresários, a  concorrência cada vez mais rápida e agressiva, a economia oscilando de  forma intensa, o cliente mais exigente e operações mais complexas  conduzir o emprego de técnicas que proporcionam previsibilidade ao  negócio é um diferencial competitivo importante. O objetivo final é o  aumento da lucratividade.


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